Benfica, vencedor por 3-2 face ao Famalicão, e FC Porto, que empatou 1-1 em Viseu, entram em vantagem na segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal em futebol, rumo a um reencontro no Jamor 16 anos depois.
Na terça-feira, em Vila Nova de Famalicão, e na quarta-feira, no Dragão, serão conhecidos os finalistas da 80.ª edição, sendo que o Famalicão, equipa sensação da I Liga, e o Académico de Viseu, sobrevivente da II, procuram presença inédita presença na final.
As ‘hostilidades’ abrem em Famalicão, onde os locais se apresentam com legítimas aspirações de chegar à final, depois da categórica exibição efetuada na Luz, na última terça-feira, onde lideraram por 2-1 e só se deixam abater no final dos descontos.
Um tento do brasileiro Gabriel, provável ausência no jogo da segunda mão, selou, aos 90+5 minutos, o triunfo dos ‘encarnados’, que, assim, ficaram em vantagem na eliminatória, bastando-lhes o empate para atingirem uma 37.ª final.
Por seu lado, o Famalicão, que só por uma vez havia chegado às meias-finais, em 1945/46, para ser goleado pelo Sporting (11-0, com nove golos sofridos por um médio improvisado guarda-redes), precisa de ganhar, sendo que bastará 1-0 ou 2-1.
O conjunto de João Pedro Sousa surge com os titulares folgados, já que, exceção a Gustavo Assunção, nenhum entrou de início na receção de sábado ao Vitória de Guimarães, algo que muito teve a ver com o inusitado 0-7, a maior goleada da I Liga 2019/20. Além da ‘vergonha’, perderam o goleador Anderson, que foi expulso.
Por seu lado, o Benfica joga o acesso à final da Taça três dias depois de uma dolorosa derrota no reduto do FC Porto, por 3-2, que fez com que a vantagem na liderança do campeonato caísse de sete para quatro pontos, quando podia ter subido para 10.
Os ‘encarnados’, que no sábado têm outro jogo muito complicado no campeonato, na receção ao Sporting de Braga, nada podem, porém, poupar, isto se não quiseram hipotecar a possibilidade de somarem um 27.º título na prova e primeiro desde 2016/17.
Na quarta-feira, no Dragão, o FC Porto tem tudo a seu favor para garantir uma 31.ª presença na final, ainda mais porque, ao contrário do Benfica, está muito moralizado, depois de se ter relançado na corrida ao título.
Se calhar com algumas poupanças, face ao aproximar de uma difícil deslocação a Guimarães para o campeonato, o conjunto comandado por Sérgio Conceição será, com qualquer ‘onze’, favorito, sendo que até lhe serve o ‘nulo’.
Terceiro do ‘ranking’ de troféus na Taça, com 16 cetros, o último já em 2010/11 – perdeu as finais de 2015/16 (Sporting de Braga) e 2018/19 (Sporting) nos penáltis -, o FC Porto esteve a vencer em Viseu, com um tento do cabo-verdiano Zé Luís.
João Mário empatou o jogo aos 70 minutos e, mesmo não evitando que o Académico entre no Dragão em desvantagem, reforçou o sonho dos viseenses, que nunca tinham estado em fase tão avançada da competição e estão, agora, a um 2-2 ou a um 1-0 do Jamor.
Caso os sonhos do sexto colocado da I Liga e do 10.º da II Liga não se concretizem, e a lógica prevaleça, o Estádio Nacional será palco, a 24 de maio de uma 10.ª final entre Benfica e FC Porto, sendo que, nas nove anteriores, as ‘águias’ venceram oito.
A última vez que os dois conjuntos se defrontaram no Estádio Nacional, há 16 anos, em 16 de maio de 2004, o Benfica ganhou por 2-1, após prolongamento, em nome de Fehér, num embate decidido por Simão, aos 104 minutos, a poucos dias de o FC Porto, de José Mourinho, ganhar a ‘Champions’, com um 3-0 ao Mónaco.
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