O Benfica vai tentar juntar domingo a Taça de Portugal à I Liga de futebol, a chamada “dobradinha”, que será a 10.ª da sua história, mas apenas a primeira desde a “longínqua” temporada de 1986/87.
Sob o comando do inglês John Mortimore, os “encarnados” venceram o campeonato dois pontos à frente do FC Porto, que viria a sagrar-se campeão europeu, e arrebataram a Taça num percurso rematado com um 2-1 ao Sporting, graças a um “bis” de Diamantino.
Depois disso, o Benfica venceu mais cinco campeonatos – não contando com o de 2013/14, o sexto – e três edições da Taça, mas sem acumular as duas competições na mesma época.
Esse objetivo esteve muito perto em 1988/89 e 2004/05, mas os campeões falharam as respetivas “dobradinhas” no Jamor, ao perderem por 2-1 com o Belenenses e o Vitória de Setúbal, respetivamente.
Agora, a 10.ª está à distância de um triunfo sobre o Rio Ave, clube que o Benfica já venceu esta época em três ocasiões, duas no campeonato (3-1 fora e 4-0 em casa) e uma na Taça da Liga (2-0 na final, a 07 de maio, em Leiria).
Independentemente de o conseguir, o Benfica manter-se-á na liderança do “ranking” (soma nove, contra sete do Sporting e seis do FC Porto), sendo que o seu primeiro “bis” remonta a 1942/43, sob o comando do húngaro Janos Biri.
Os “encarnados” ganharam o campeonato com mais um ponto do que o Sporting e, na Taça de Portugal, bateram nas meias-finais os “leões” por 3-2, no Lumiar, e, depois, no Jamor, golearam o Vitória de Setúbal, então na segunda divisão, por 5-1.
Com o brasileiro Otto Glória como treinador, o Benfica conquistou mais três, duas nos anos 50, em 1954/55 e 56/57, e uma nos anos 60, em 1968/69, já depois de o “onze” do húngaro Lajos Czeizler ter selado a quarta, em 1963/64.
A sexta “dobradinha” aconteceu em 1971/72, com os “encarnados”, liderados pelo inglês Jimmy Hagan, a vencerem o campeonato com mais 10 pontos do que o Vitória de Setúbal e o Sporting por 3-2, após prolongamento, na final da Taça, com três golos do “rei” Eusébio, aos 19, 70 e 118 minutos.
Nove anos depois, em 1980/81, foi mais um húngaro, desta vez Lajos Baroti, a conduzir o Benfica à vitória nas duas provas, às custas do FC Porto, batido por dois pontos no campeonato e por um “hat-trick” de Nené (3-1) na final da Taça.
Dois anos volvidos, a primeira época (1982/83) sob o comando do sueco Sven-Goran Eriksson também terminou a “dobrar”, novamente com o FC Porto em papel secundário.
Os “encarnados” terminaram o campeonato com mais quatro pontos do que os portistas e, na final da Taça, venceram por 1-0, com um tento de Carlos Manuel, em pleno Estádio das Antas, num jogo já disputado no início da época seguinte.
A nona foi conseguida em 1986/87, mas, depois, disso, o Benfica não mais repetiu a façanha, enquanto o FC Porto somou seis, a última em 2010/11, passando o seu total para sete, e o Sporting uma, em 2001/02, a sexta da sua história.
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