O Benfica saiu com a vitória da visita ao Vizela (2-1) e garantiu o apuramento para as meias-finais da Taça de Portugal, com uma bela exibição das três equipa presentes em campo. O volume ofensivo criado e o bom entrosamento revelado pela equipa dos encarnados foram as chaves para esta vitória, que foi decidida pelas finalizações de Arthur Cabral e João Mário. Na próxima fase, o adversário será o Sporting, num eterno dérbi de Lisboa.
Apesar da boa fase das águias, que tiveram apenas uma derrota nos últimos 11 jogos (na Taça da Liga, com o Estoril), Roger Schmidt decidiu mexer algumas peças para reequilibrar a equipa. Na defesa, Álvaro Carreras estreou-se a titular no lugar de Morato, e Aursnes recuou no terreno, relegando Bah para o banco, o que valeu o regresso de João Mário ao onze. No meio-campo Kokçu entrou por Florentino para dar outra capacidade ofensiva ao miolo do terreno.
Do lado vizelense, Rubén de la Barrera abdicou de Buntic, habitual titular na baliza, Escoval, Lebedenko e Diogo Nascimento, para lançar em campo Ruberto, Anderson e Soro.
O emblema minhoto queria chegar às meias-finais, onde nunca chegou na história, e entrou determinado, num bloco mais baixo e o Benfica impôs pressão logo de início com o objetivo de tentar resolver o jogo o mais cedo possível.
A partida não demorou muito a aquecer e o primeiro lance de perigo surgiu aos três minutos. Álvaro Carreras e Arthur Cabral desenharam uma triangulação perfeita, que deu a Rafa 20 metros para correr com bola mas, na cara de Ruberto, o internacional português atirou ao lado para alívio dos adeptos da casa.
Com o passar dos minutos, a boa reação do Vizela numa fase inicial ia perdendo força, enquanto as águias estavam a aproveitar o espaço deixado por esta postura mais ofensiva para criar várias ocasiões de perigo. A construção era sempre boa, mas no último terço a definição não estava a ser a melhor.
A tendência finalmente mudou num dos muitos raides ofensivos de Rafa. O extremo conduziu uma correria desenfreada pela esquerda e, já dentro da área, serviu Arthur Cabral que bateu um penálti em movimento para o lado esquerdo da baliza, com classe, permitindo ao Benfica ir mais tranquilo para o intervalo.
Regresso dos balneários não mudou a cadência
Após o descanso, as águias tinham a noção de que a vantagem era curta e deixava os minhotos acreditar que era possível empatar. A equipa do Vizela não tinha medo de se expor e o inconformado Domingos Quina ia conseguindo por a defesa adversária em sentido com bons lances individuais.
O assalto à baliza de Ruberto manteve-se e era notório que havia cada vez mais espaço para as combinações rápidas dos encarnados. Embora o ritmo de grandes oportunidades fosse ligeiramente menor, o Benfica mantinha-se perigoso e chegou mesmo ao segundo golo, aos 65 minutos.
Aursnes subiu ao ultimo terço para cruzar, Arthur Cabral falhou o remate e João Mário estava no sítio certo para introduzir a bola na baliza e dar conforto à equipa.
No entanto, a alegria não durou muito uma vez que os vizelenses reduziram a desvantagem, pouco depois, aos 68 minutos. Diogo Nascimento disparou de fora da área e Petrov desviou com um toque subtil, já dentro da área, para o mais do que merecido golo do Vizela, devido à qualidade demonstrada ao longo do encontro.
Com o golo o Vizela inverteu a tendência do jogo, uma vez que os encarnados sentiram o peso da redução. A equipa de Rubén de la Barrera conseguiu ganhar metros e passar a ter a posse de bola mais à frente no terreno, em certos períodos, mas não tinha a mesma qualidade individual para desequilibrar.
Os minutos iam passando e as ocasiões ficaram mais escassas de parte a parte, apesar de nenhuma das equipas adotar uma postura declaradamente defensiva. No entanto, as redes não voltaram a abanar e o Benfica avançou mesmo para as meias-finais da Taça de Portugal, embora o Vizela tenha deixado ficar uma bela imagem.
Veja aqui o resumo do encontro:
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