No dia em que houve também um dérbi em Lisboa e um super clássico em Espanha, o FC Porto passou pelos pingos do fogo do futebol. Mas não devemos culpar os outros jogos por ter abafado o resultado dos Dragões. A verdade é que a exibição da equipa portuense nos Açores também não mereceu muita euforia.

Calma. O FC Porto ganhou e ganhou bem, num jogo tranquilo, com muita posse de bola, a dominar e com justiça.

Até porque Julen Lopetegui não pretendia mais do que foi feito em Angra do Heroísmo. Ele disse que não, mas olhando para o ‘onze’ apresentado diante do Angrense percebemos que o seu foco estava nas estrelas da Champions.

O técnico espanhol decidiu lançar, na tarde de ontem, uma equipa de jogadores que estavam habituados a ver os jogos do FC Porto a partir do banco de suplentes: Helton (cap.); Víctor García, Igor Lichnovsky, Marcano, José Ángel; Giannelli Imbula, Evandro Goebel, Sérgio Oliveira; Varela, Dani Osvaldo e Alberto Bueno.

E por falar em Bueno, o avançado espanhol acabou mesmo por ser o calmante que Lopetegui estava à procura para evitar dissabores, uma vez que foi o autor dos dois golos portistas, ambos marcados no primeiro tempo.

Aos 13 minutos, após um cruzamento na esquerda de José Angel, Bueno cabeceou de forma imparável, abrindo o marcador nos Açores. Aos 40 minutos, num cruzamento da esquerda de Osvaldo, a encontrar Bueno no coração da área, o espanhol recebeu de peito e rematou de primeira, bisando na partida.

“Tento estar sempre disponível para ajudar a equipa. Quero aproveitar todas as oportunidades para ganhar a confiança dos companheiros e do treinador”, disse o avançado portista.

No segundo tempo, Pedro Aguiar, da equipa da casa, ainda colocou a bola na baliza portista, mas não valeu. Foi com a mão!

O treinador do Angrense, que compete no Campeonato de Portugal, não ficou nada chateado com a derrota e consequente eliminação.

“Tenho orgulho nos meus jogadores. Defrontámos uma equipa de nível europeu, mas foram guerreiros e bravos, enfrentaram as dificuldades e tentaram sempre mostrar aquilo que são capazes. «Passei sempre a mensagem de que era possível. Estávamos bem preparados, mas a vitória do FC Porto não sofre contestação e não pode ser beliscada”, disse Gonçalo Valadão.

“Continuamos em prova e estamos contentes pelo resultado”. Se Bueno diz, a figura do encontro, então não há mais nada a dizer. Que venha o jogo de terça-feira contra o Dínamo de Kiev para a Liga dos Campeões.