Após 120 minutos de jogo, o "teimoso" nulo manteve-se e a vitória do Paços de Ferreira, da Liga principal, só foi decidida no 22.º tiro da marca de grande penalidade, com o guardião Cássio a bater o "homólogo" Pedro Albergaria.

Foi precisamente Pedro Albergaria que desperdiçou o penalti decisivo para a equipa da II Divisão, ao atirar por cima da baliza, numa altura em que já todos os jogadores de campo das duas equipas tinham apontado os castigos máximos.

O resultado é injusto para a equipa de casa, que foi superior ao Paços de Ferreira em quase todo o encontro, criando várias oportunidades para marcar.

O Tirsense adaptou-se melhor ao terreno pesado e irregular do Estádio Abel Alves de Figueiredo, enquanto que a equipa primodivisionária apresentou um futebol desligado e foi incapaz de criar situações de verdadeiro perigo na primeira parte.

Foram três as ocasiões criadas pelo Tirsense nos primeiros 45 minutos: aos 03, Fonseca rematou cruzado, ao lado, aos 10, Manuel Luís quase finalizou um cruzamento de Queirós e, aos 37, Hugo Cruz falhou por pouco a emenda.

No segundo tempo, aos 47 minutos, William, a 30 metros da baliza, obrigou Pedro Albergaria a defesa apertada, mas rapidamente os “castores” se deixaram apoderar pela mesma modorra da primeira parte.

Aos 55 minutos, os “jesuítas” voltaram a estar perto de inaugurar o marcador, com Pedro Fontes, sozinho na grande área, a rematar contra um defesa contrário.

Nos últimos 15 minutos do tempo regulamentar, a equipa da casa pareceu sofrer uma quebra física e os pacenses aproximaram-se da área contrária, com Ciel, aos 88 minutos, a rematar com muito perigo.

No prolongamento, o Tirsense recuperou o fôlego e quase marcava aos 99 minutos, com Manuel Luís, cara a cara com Cássio, a permitir a defesa do guardião.

No minuto seguinte, Cristiano, em jogada individual, atirou por cima da baliza adversária, quando só tinha Pedro Albergaria pela frente, na melhor ocasião dos forasteiros em toda a partida.

Aos 120 minutos, Vilaça rematou com muito perigo e podia ter dado a merecida vantagem ao Tirsense, mas os “jesuítas” acabaram por cair nas grandes penalidades.