O Rio Ave tem domingo a possibilidade de se tornar o 13.º clube a inscrever o nome no historial dos vencedores da Taça de Portugal em futebol, precisando para isso de vencer o campeão nacional Benfica.
Depois de em 1983/84 ter entrado para a história como o 15.º clube a marcar presença na final, que perdeu para o FC Porto (1-4), o conjunto de Vila do Conde tenta suceder ao Vitória de Guimarães, ainda o detentor do título.
Há 30 anos, na primeira oportunidade, os vila-condenses, que haviam terminado o campeonato na nona posição, não conseguiram dar luta ao vice-campeão FC Porto, que ficara a três pontos do Benfica no campeonato.
No Jamor, os portistas, que no início da época tinham perdido a final de 1982/83 em casa (0-1 com o Benfica), chegaram ao intervalo a vencer por 3-0, com golos de Sousa, que “bisaria” na segunda metade, Fernando Gomes e Vermelhinho.
O melhor que o Rio Ave conseguiu foi o golo de honra, aos 89 minutos, por N’Habola, que o treinador Felix Mourinho, pai de José Mourinho, lançou na segunda metade.
Depois do Rio Ave, mais nove equipas conseguiram chegar ao Jamor pela primeira vez, mas só duas venceram, e em confrontos de “pequenos”: o Estrela da Amadora superou o Farense, em 1989/90, e o Beira-Mar o Campomaiorense, em 1998/99.
A Académica foi a primeira equipa a inscrever o seu nome na lista dos vencedores, ao bater o Benfica por 4-3 na final da primeira edição, em 1938/39. Só repetiria a proeza à quinta final, já em 2011/12, com um triunfo por 1-0 face ao Sporting.
Na época seguinte, o Benfica voltou à final e não falhou, tornando-se o segundo vencedor, ao bater no Lumiar o Belenenses por 3-1. É, desde há muito, o líder do “ranking”, tento de finais (34) como de títulos (24).
Por seu lado, o conjunto do Restelo regressou um ano depois, mas voltou a cair, desta vez frente ao estreante Sporting, que, assim, entrou para a história como o terceiro detentor da prova, então com a vitória mais folgada (4-1).
À terceira, foi de vez. O Belenenses conseguiu chegar novamente à final, em 1941/42, e ganhou por 2-0 ao estreante Vitória de Guimarães, passando a ser o quarto vencedor da segunda prova do calendário luso.
Foi, então, necessário esperar 14 anos por novo vencedor, o quinto. Depois de levar 5-0 do Benfica em 1952/53, o FC Porto vingou-se no Torreense (2-0) em 1955/56, graças a um “bis” do avançado internacional luso Hernâni.
O sexto chegou cinco anos volvidos, em 1960/61. Na primeira final fora de Lisboa, o FC Porto jogou em casa, nas Antas, mas foi o vizinho Leixões a triunfar, por 2-0, com golos de Osvaldo Silva e Manuel de Oliveira.
Em 1964/65, foi a vez de o Vitória de Setúbal fazer história, tornando-se o sétimo vencedor. Vinte e dois anos após a estreia numa final e à quarta tentativa, chegou ao primeiro triunfo, frente ao Benfica (3-1).
Logo na temporada seguinte, surgiu o oitavo vencedor, o Sporting de Braga, que aproveitou da melhor maneira a estreia no Jamor, ao bater o então detentor Vitória de Setúbal por 1-0, com um tento de Perrichon. Jamais voltou a ganhar.
O nono clube a triunfar chegou em liberdade, em 1974/75. Em Alvalade, o Boavista, de José Maria Pedroto, bateu o Benfica por 2-1, com golos de João Alves e Mané, no que seria o primeiro de cinco títulos “axadrezados”, em apenas seis finais.
O Estrela da Amadora foi o “passageiro” seguinte, ao vencer em 1989/90 o Farense, então na segunda divisão, num duelo que precisou de finalíssima. Golos do atual selecionador luso, Paulo Bento, e Ricardo Lopes selaram o 10.º vencedor.
Em nova final entre estreantes, nasceu em 1998/99 o 11.º conquistador. O Beira-Mar, que acabou com nove, impôs-se ao Campomaiorense por 1-0, graças a um “golão” de Ricardo Sousa, que deu o título ao pai, então o seu treinador, António Sousa.
Na época passada, e 14 anos após o triunfo aveirense, “nasceu”, finalmente, o 12.º vencedor, o Vitória de Guimarães, que, à sexta tentativa, superou um traumatizado Benfica por 2-1, com golos de Soudani e Ricardo nos últimos 11 minutos.