A associação Gondomar Social pondera aplicar os 5.122 euros oferecidos pela Federação Portuguesa de Futebol no âmbito do Europeu de futsal feminino em projetos de autonomização das jovens que acolhe, disse hoje à Lusa a presidente.

Disputado em fevereiro, no pavilhão Multiusos de Gondomar, a decisão de reverter a receita da venda de bilhetes dos quatro jogos, ao preço simbólico de um euro, para uma instituição de solidariedade social do concelho resultou de um acordo entre a federação e a UEFA.

O cheque, no valor de 5.122 euros, foi entregue no domingo, momentos antes da final da Taça de Portugal feminina de futsal, tendo a presidente da instituição, helena Loureiro, revelado hoje à Lusa que a sua aplicação carece ainda de aprovação pela direção.

Ainda assim, admitiu, a verba poderá ser aplicada em prol das raparigas em risco que a instituição acolhe.

"Como trabalhamos muito a autonomização das jovens é nossa perspetiva que [essa verba] seja para um projeto diferenciado, em 2019, no âmbito dessa autonomização", disse a responsável, considerando tratar-se de um investimento que poderá, também, servir de alavanca para outros projetos.

Admitindo "poder também servir para alavancar candidaturas em curso, por exemplo, ao BPI Capacitar", o dinheiro proveniente da FPF poderá, caso a "candidatura seja aprovada", servir para "escalar o projeto".

A Casa de Acolhimento Residencial "Gondomar Coração D'Ouro", que acolhe 18 raparigas, vai na terça-feira ser alvo de obras de "alteração ao desgaste tipificado no lar de infância e juventude", numa intervenção que incidirá sobre a "pintura dos espaços interiores e exteriores", adiantou Helena Loureiro.

A intervenção insere-se no dia de Responsabilidade Social da Universidade Europeia e do Instituto Português de Administração e Marketing, em parceria com a Just a Change, decorrendo em simultâneo em Lisboa e no Porto, recuperando instalações da Associação Vitae - Centro de Acolhimento do Beato e da Gondomar Social - Casa de Acolhimento Residencial "Gondomar Coração D'Ouro".

Para a concretização desta iniciativa, as instituições vão contar com a participação de estudantes, professores e membros do ‘staff’, refere o comunicado da universidade.

"É uma iniciativa que recebemos de muito bom grado", salientou Helena Loureiro, explicando tratar-se de uma ação “que explora a falta de atitude cívica por parte de jovens".

A responsável entende que "a intenção dos intervenientes é estimular essa prática para além de trabalhar muito a responsabilidade social da organização que a dinamiza".