Os clubes de base e os jovens praticantes são os mais afetados pela pandemia de COVID19, que já provocou o desaparecimento de um milhão de empregos na área do desporto, conclui uma análise divulgada hoje pelo Parlamento Europeu.

De acordo com a análise, baseada em dados recolhidos em países da União Europeia, muitos dos clubes estão em risco de encerrar a sua atividade por não terem os recursos financeiros necessários para lidar com uma perda temporária de grande parte das receitas das quais depende a sua gestão diária.

O documento destaca a preocupação dos especialistas com o facto de a paragem quase completa da prática desportiva nos escalões jovens poder impedir o natural progresso desportivo e provocar graves distúrbios na saúde mental, no estilo de alimentação e na saúde de uma forma geral a longo prazo.

As estimativas da análise indicam que quase um milhão de empregos relacionados com o desporto desapareceram, tendo a pandemia afetado não só os profissionais da área, mas também para os que trabalham no comércio retalhista e nos serviços desportivos, como viagens, turismo, infraestruturas, transportes, restauração e comunicação social.

Na primavera do ano passado, a quase totalidade da atividade desportiva foi suspensa em todo mundo, tendo mesmo sido adiadas grandes competições como o campeonato europeu de futebol e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio2020.

A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.149.818 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da Universidade Johns Hopkins, dos EUA.

Em Portugal, morreram 11.012 pessoas dos 653.878 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.