O grupo parlamentar do PS considerou hoje existirem “fundadas reservas” relativamente à retoma da atividade desportiva, razão pela qual se absteve na votação de projetos de resolução que pedem ao governo medidas para a retoma gradual.
“A retoma progressiva da atividade desportiva, já iniciada, enfrenta desafios complexos, tendo neste momento, para salvaguarda da saúde pública de todos e todas, ainda muitos condicionamentos e regras apertadas, tal como definido pelas autoridades de saúde pública”, refere uma declaração de voto divulgada pelos socialistas.
O grupo parlamentar do PS entende que a retoma progressiva da atividade desportiva, já iniciada, enfrenta “desafios complexos” e ainda “muitos condicionamentos e regras apertadas”, devido à pandemia de covid-19, tal como definido pelas autoridades de saúde pública.
“Temos, quanto ao disposto para a retoma da atividade desportiva, fundadas reservas que se prendem com a salvaguarda da saúde pública e a necessidade de concertação com a DGS [Direção-Geral da Saúde]”, conclui.
Os socialistas partilham “genericamente, as necessidades identificadas pelas iniciativas ao nível dos apoios à atividade desportiva e aos clubes não profissionais”, mas consideram que os termos em que esses apoios venham a ser concretizados merecem “um amadurecimento do debate".
A Assembleia da República aprovou hoje, em sessão plenária, dois projetos de resolução (PCP e PEV) que pedem ao governo para tomar medidas para uma "retoma gradual" da prática desportiva em contexto pandémico.
O projeto de resolução do PCP foi aprovado com abstenções de PS, PSD e CDS-PP e o projeto do PEV contou apenas com a abstenção do PS.
Na recomendação comunista, o PCP insiste que, “assegurando as medidas de prevenção sanitária” e “exigindo que o SNS seja dotado dos meios indispensáveis para responder à covid-19” e restantes necessidades, “a fruição da cultura e das diferentes expressões da vida são essenciais à saúde, ao bem-estar e à concretização dos direitos dos trabalhadores e do povo”.
Assim, recomendam ao governo que estabeleça normas através de “uma ampla auscultação das entidades nacionais do associativismo desportivo, aos vários níveis e com a brevidade que a situação exige” e que o executivo “implemente um programa de apoio extraordinário e urgente ao movimento associativo popular que possibilite a compensação dos prejuízos financeiros e a retoma gradual e segura das suas atividades”.
Os comunistas pedem ainda que seja incentivado “o regresso gradual do público a todos os eventos desportivos, salvaguardadas as normas de saúde”.
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