O estado de São Paulo anunciou esta quinta-feira (11) a imposição do recolher obrigatório noturno e a suspensão das provas desportivos para enfrentar "o momento mais crítico" da pandemia de COVID-19, que já fez mais de 270 mil mortos no Brasil.

Essas medidas, em vigor de 15 a 30 de março, fazem parte da 'fase emergencial' anunciada em conferência de imprensa pelo governador de São Paulo, João Doria.

Esta fase é mais rigorosa do que a 'fase vermelha', em vigor desde o último fim de semana, e inclui a imposição de recolher obrigatório entre as 20h e as 5h00 e a proibição de utilização de parques e praias.

Os escritórios públicos e privados devem funcionar remotamente.

As aulas não foram proibidas, mas as autoridades pediram para reduzi-las ao mínimo essencial.

O secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, explicou que o endurecimento se deve ao preocupante aumento da ocupação de camas em unidades intensivas no estado mais rico e populoso do Brasil (46,2 milhões de habitantes).

"Com a velocidade da pandemia muito mais rápida, atingindo de forma impiedosa um maior numero de pessoas num curto espaço de tempo, os nosso hospitais estão começando a [se] comprometer, vários deles já estão comprometidos, chegando a 100% da ocupação", explicou. A ocupação média é de 87,6%.

A suspensão das atividades desportivas afeta o 'Paulistão', principal campeonato de futebol do Estado, onde já foram realizados três dos 12 jogos da fase de grupos. Os treinos serão permitido.

O 'Paulistão' já tinha sido suspenso no ano passado entre março e julho. O 'Brasileirão', que terminou no mês passado, teve que adiar o seu início de maio para agosto de 2020.

A pandemia está em fase de aceleração em todo o Brasil, com mais de 1.600 mortes por dia em média semanal.

São Paulo é o estado com maior número de óbitos (62.570), embora em termos relativos seja menos afetado que Rio de Janeiro, Amazonas ou Brasília.

O governador Doria, defensor das medidas de isolamento, enfrenta o presidente Jair Bolsonaro desde o início da pandemia, que as critica por seus impactos económicos.

A falta de coordenação nacional e a lentidão da campanha de vacinação favoreceram a disseminação da COVID-19, assim como o surgimento de uma variante amazônica mais contagiosa, estimam os especialistas.

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