O presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), Vítor Pataco, classificou, esta terça-feira, de “lamentável alarme social” diversas reações públicas questionando a higiene e salubridade nas instalações do Centro de Alto Rendimento do Jamor (CARJ), em Oeiras.
“Isto é um lamentável alarme social que está a ser criado que é desnecessário, injustificado e nem sequer o conseguimos compreender. Foi criado em 20 de dezembro pelo presidente do Sport Algés e Dafundo, misturando vários assuntos (…), todos distintos, e que não têm relação uns com os outros”, assegurou o dirigente, em declarações à Lusa.
Vítor Pataco esclareceu que estão em causa uma “suposta intoxicação alimentar”, uma infestação de baratas e outra de percevejos, bem como uma visita da ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica), “após denúncia anónima”, e cujo relatório de inspeção, com as devidas recomendações, diz ainda desconhecer.
O presidente do IPDJ conta que acionou o protocolo de segurança para que o laboratório que faz o controlo das refeições verificasse se havia alguma anomalia, concluindo-se que “não foi servida nenhuma refeição relacionada com a eventual intoxicação”: acrescentou que são servidas 70.000 refeições por ano.
Reconheceu o “avistamento adicional de baratas”, que resultou em nove desinfestações adicionais, numa ocorrência que “nada tem a ver com a questão da alimentação”.
Quanto aos percevejos, sublinha que se tratou de uma “situação isolada”, que aconteceu num só quarto e que a empresa certificada tratou da desinfestação, o atleta foi deslocado para outro aposento, tal como os das habitações adjacentes, num empreendimento que acolhe 70 desportistas.
“Quanto à ASAE, fez uma visita na sequência de uma denúncia. Ainda não temos o relatório, mas naturalmente que as recomendações serão interpretadas como uma oportunidade de melhoria e será o que iremos fazer. Não deixou nenhum alarme atípico no sentido de pôr em causa as instalações ou higiene”, esclareceu.
Garante aos desportistas e aos seus pais, bem como aos técnicos e demais envolvidos, que podem estar “tranquilos e seguros”, uma vez que o IPDJ é o primeiro organismo a ter interesse em providenciar aos “melhores atletas de Portugal” condições de excelência.
Para poder sossegar e esclarecer todos os intervenientes, na quinta-feira, vai promover uma reunião, em que todos estes assuntos serão tratados “com total transparência”.
Revelou que, na segunda-feira, na reunião do Conselho Nacional do Desporto, teve a oportunidade de esclarecer os diversos parceiros que tutelam distintas associações, federações e organismos sobre a matéria, assegurando que ficaram “tranquilos e vão acompanhar a situação” e que o IPDJ “não está a desvalorizar” qualquer das ocorrências.
“Estamos preocupados com a segurança em todos os planos e queremos estar tranquilos, por isso, também envolvemos as autoridades de saúde pública para nos ajudar a perceber se estamos a agir em conformidade”, concluiu.
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