Paris2024 será o epicentro de um ano desportivo em que o tenista Rafael Nadal estará de volta para rivalizar com Novak Djokovic e vários pretendentes tentarão contrariar as hegemonias da Red Bull e da Visma-Lease a Bike.
No próximo ano, todos os caminhos vão dar à capital francesa, onde se espera que sejam entronizadas novas lendas, como o foram Michael Phelps ou Usain Bolt, e como (quase) o é a ginasta norte-americana Simone Biles, que procurará a redenção depois dos dramas vividos em Tóquio2020.
Faltam referências ao olimpismo mundial, ‘órfão’ desde as retiradas do nadador norte-americano e do velocista jamaicano, e nos próximos Jogos Olímpicos caberá ao sueco Armand Duplantis, no salto com vara, ao queniano Eliud Kipchoge, bicampeão olímpico em título da maratona, ao francês Léon Marchand e à australiana Kaylee McKeown, ‘reis’ nas piscinas, lutar por esse estatuto, que em Portugal ainda é assegurado por Pedro Pablo Pichardo, ouro no triplo salto em Tóquio2020.
Novas figuras olímpicas procuram-se, portanto, num panorama desportivo mundial em que as supremacias de Djokovic, Max Verstappen ou Jonas Vingegaard também serão testadas. Aos 36 anos, o sérvio não encontrou rival à altura no ténis nesta temporada – nem mesmo Carlos Alcaraz -, uma realidade que poderá mudar em 2024, com o regresso do seu arquirrival, o espanhol Rafael Nadal.
Quando se lesionou, no Open da Austrália, ‘Rafa’ era recordista de títulos do Grand Slam, mas a sua longa ausência dos ‘courts’, onde só voltará no início do próximo ano, permitiu a Djokovic isolar-se como tenista com mais ‘majors’. Apesar de o espanhol de 37 anos garantir não esperar nada neste seu regresso, é difícil acreditar que o lutador Nadal não dará tudo para voltar a erguer troféus, nomeadamente em Roland Garros, onde é o incontestável ‘rei’.
Bem mais complicado será, contudo, contrariar o arrasador domínio de Max Verstappen na Fórmula 1.
Mais do que apostar em alguém que possa destronar o neerlandês, e a sua Red Bull – depois do tricampeonato de pilotos e do bicampeonato de construtores nesta época, essa parece uma missão verdadeiramente impossível -, os grandes motivos de interesse para 2024 na categoria ‘rainha’ do automobilismo são outros: saber se o heptacampeão Lewis Hamilton regressará às vitórias, se o eternamente promissor Lando Norris conseguirá finalmente ganhar ou a Ferrari acertará nas estratégias.
Se nos motores as hegemonias deverão manter-se, nomeadamente a de Kalle Rovanperä, que pode tornar-se no mais jovem tricampeão mundial de ralis mesmo a correr em ‘part time’, no ciclismo a história poderá ser outra, com a ‘nova’ Visma-Lease a Bike a enfrentar a concorrência do seu ex-‘filho pródigo’, o esloveno Primoz Roglic, que assinou pela BORA-hansgrohe.
Depois de tornar-se na primeira equipa a vencer as três grandes Voltas no mesmo ano, a formação neerlandesa perdeu o vencedor do Giro2023, que agora será o principal candidato a intrometer-se no duelo entre Jonas Vingegaard, o bicampeão em título, e o seu antecessor Tadej Pogacar no Tour.
O jovem esloveno parece ter aprendido com os erros desta época, em que quis ganhar tudo e falhou na Volta a França, e encabeçará uma lista interminável de pretendentes à amarela final, na qual também estará Remco Evenepoel, à procura de se afirmar como voltista, e até o português João Almeida, relegado, num primeiro momento, a ‘escudeiro’ de Pogacar.
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