O Governo pretende aperfeiçoar os programas de preparação olímpica e paralímpica e o combate ao racismo e violência no desporto, assim como à dopagem e à manipulação de resultados, de forma a afirmar Portugal no contexto desportivo internacional.

Segundo o Relatório que acompanha a Proposta de Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), entregue na segunda-feira no parlamento, a afirmação de Portugal no contexto desportivo internacional constitui um "objetivo macro para os próximos anos".

Assim, vai ser dada prioridade a uma série de ações estratégicas, desde logo, o apoio ao desporto de alto rendimento, através do aperfeiçoamento dos programas de preparação olímpica e paralímpica, com base na avaliação dos mesmos.

Neste âmbito, vão ser apoiados os programas de seleção desportiva que identifiquem e garantam a retenção de talentos, e vai ser melhorada a articulação entre o sistema educativo e o movimento desportivo, "conjugada com a promoção da conciliação do sucesso académico e desportivo, alargando as Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE), e promovendo ferramentas de ensino à distância", sublinhou o executivo.

Também vai ser dada continuidade ao investimento nos Centros de Alto Rendimento, em parceria com outras entidades, tendo como objetivo a preparação dos melhores atletas e a oferta desportiva atrativa e variada para a população em geral.

Noutro campo, o Governo quer intensificar a cooperação entre autoridades, agentes desportivos e cidadãos, com vista a "erradicar comportamentos e atitudes violentas, de racismo, de xenofobia e de intolerância em todos os contextos de prática desportiva", prevendo que a recém-criada Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) entre “em velocidade de cruzeiro” em 2020.

Outro objetivo passa pelo reforço do combate ao doping, à manipulação de resultados ou "qualquer outra forma de perverter a verdade desportiva", lê-se no documento.

Vai também ser montada uma "estratégia integrada de atração de organizações desportivas internacionais para a realização, em Portugal, de eventos de pequena e média dimensão", como estágios, torneios ou conferências, e de "promoção de Portugal enquanto destino de turismo desportivo".

Para tal, vão ser otimizados os "recursos existentes" e capitalizadas "as condições privilegiadas do país".

De acordo com o Relatório que acompanha a Proposta do OE2020, a despesa efetiva não consolidada para a área do Desporto está fixada em 41 milhões de euros em 2020