A Confederação do Desporto de Portugal (CDP) manifestou-se “satisfeita” com a inclusão do desporto na Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020/2030, “enquanto vetor estratégico de desenvolvimento económico nacional”.

“Este é um passo importante para a valorização do desporto enquanto eixo fundamental no desenvolvimento social e económico de Portugal, uma vez que no documento inicial o desporto não estava contemplado”, sustentou o presidente da CDP, Carlos Paula Cardoso.

O desporto aparece como podendo “contribuir de forma significativa para a economia portuguesa, seja na sua componente de turismo desportivo, seja associado ao espetáculo desportivo ou à prática desportiva”, observou o organismo, em comunicado publicado na quarta-feira no sítio oficial na Internet.

Para Carlos Paula Cardoso “esta inclusão mostra que quando o movimento associativo trabalha em rede é possível ter ganhos”, assinalando que a CDP “continuará a trabalhar com as federações, demais entidades ligadas ao fenómeno desportivo e com as entidades governamentais, para que outras propostas possam ser incluídas” no plano.

O Comité Olímpico de Portugal (COP) foi mais rápido a reagir e logo na terça-feira emitiu um comunicado, no qual considerou que a inclusão do desporto no Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020/2030 representa “o reconhecimento da importância estratégica de um setor que pode acrescentar valor a Portugal do ponto de vista social e económico”.

O desporto fica integrado na abordagem de um dos 10 "eixos estratégicos", o de Cultura, Serviços, Turismo e Comércio.

A Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020/2030 surgiu na sequência de um convite feito em maio pelo primeiro-ministro a António Costa Silva, para que delineasse um programa de médio prazo, de forma a responder de forma estruturada à crise financeira, económica e social provocada pela pandemia da covid-19.

Elaborado por António Costa Silva, trata-se de uma proposta programática de médio e longo prazo, dividida em "10 eixos estratégicos: Rede de Infraestruturas indispensáveis; qualificação da população, a aceleração da transição digital, as infraestruturas digitais, a Ciência e Tecnologia; Saúde e o futuro; Estado Social; Reindustrialização do país; Reconversão industrial; Transição energética e eletrificação da economia; Coesão do território, Agricultura e Floresta; Novo paradigma para as cidades e a mobilidade; e Cultura, Serviços, Turismo e Comércio.