O secretário de Estado da Juventude e Desporto considerou hoje que a recuperação da acreditação do Laboratório de Análises de Dopagem (LAD) de Lisboa é uma conquista que vai permitir uma poupança média de 20% nos custos.
“O facto de as análises passarem a ser feitas num laboratório nacional significa que há uma redução, em média, de 20% no custo por análise, porque dependia muito do laboratório”, disse João Paulo Correia.
Para o governante, que falava aos jornalistas em Coimbra, à margem das comemorações do Dia Paralímpico Nacional, o regresso da acreditação ao LAD torna as análises mais “eficazes, mais rápidas e menos dispendiosas”.
Para além disso, João Paulo Correia salienta que existe um ganho de prestígio internacional do desporto português, “porque a política da antidopagem estava incompleta”, bem como análises mais rápidas, beneficiando as provas nacionais e internacionais.
“A política antidopagem passa por termos uma autoridade a funcionar de forma autónoma e plenamente naquilo que é o seu exercício e por ter um laboratório acreditado internacionalmente pela Agência Mundial Antidopagem”, sublinhou.
Segundo o secretário de Estado da Juventude e Desporto, para ter os três pilares da política antidopagem a funcionar só faltava recuperar a acreditação do LAD, que passou da alçada do Instituto Português da Juventude e Desporto para o Instituto Nacional Ricardo Jorge.
“Uma das determinações, se não a principal, que a Agência Mundial Antidopagem colocou foi que a tutela do laboratório deixasse de ficar na alçada de um organismo desportivo [IPDJ] e o Governo aprovou a sua transferência para o Instituto Nacional Ricardo Jorge”, adiantou o governante.
Na semana passada, o LAD de Lisboa recuperou a acreditação, quatro anos depois de esta ter sido revogada, por decisão do comité executivo da Agência Mundial Antidopagem (AMA).
O LAD ficou sem credenciais em 25 de outubro de 2018, pouco mais de dois anos depois da suspensão, em 15 de abril de 2016, inicialmente por um período de seis meses, face à não conformidade com as normas internacionais, como a falta de independência do laboratório, os atrasos dos resultados dos relatórios e falhas na aplicação de métodos obrigatórios para deteção de substâncias.
Devido à suspensão, o laboratório ficou impedido de proceder à análise das amostras por parte de federações e organizações desportivas que tenham assinado o código mundial antidopagem.
No entanto, o comité executivo da AMA reconheceu que, “desde então, o laboratório seguiu todas as etapas exigidas pela Norma Internacional de Laboratórios para garantir a sua nova acreditação”.
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