O tenista Gastão Elias e a ginasta Filipa Martins não escondem o deslumbramento que estão a sentir na sua estreia nos Jogos Olímpicos, considerando fantástica a experiência de viver na Aldeia Olímpica.
“Está a ser uma experiência incrível. Não tinha parâmetros de comparação, não é? Até agora está a ser fantástico. Poder partilhar o local com os melhores atletas de todo o mundo, o refeitório, o ginásio… é uma experiência única que até agora estou a adorar”, resumiu à agência Lusa o tenista português.
Gastão Elias só lamenta não conhecer parte dos atletas com quem se cruza no gigantesco condomínio olímpico, situado a poucos quilómetros do Parque Olímpico do Rio2016.
“Tenha pena que os atletas não andem cada um com um cartaz a dizer o nome e a modalidade que fazem, porque acredito que são todos fantásticos e tenho pena de não os conhecer a todos. Tirando os portugueses, não conheço praticamente ninguém. Vi o Novak Djokovic e Rafael Nadal, mas esses já venho quase todas as semanas”, brincou.
Entusiasmado, o 61.º jogador mundial falou dos jantares com Nelson Évora, “um atleta fantástico”, ou com Gustavo Lima, a quem faz perguntas sobre o treino com vento. “É engraçado perceber de outras modalidades e conviver com eles”, completou.
Estreante em Jogos Olímpicos, o jovem da Lourinhã, de 25 anos, não consegue evitar sonhar com uma medalha, apesar de saber que será bastante difícil.
“Temos sempre o sonho da medalha, mas é bastante difícil. O objetivo principal é dar o meu melhor e divertir-me e aproveitar esta oportunidade única. Oxalá tenha mais oportunidades, mas nunca se sabe, pode ser a primeira e a última”, considerou.
A jogar praticamente em casa – viveu no Brasil durante quatro anos e vai ter o apoio da namorada Isabela e da sogra nas bancadas no Centro Olímpico de Ténis -, Elias confessou à Lusa que o facto de a sua estreia olímpica acontecer no Rio de Janeiro torna o momento ainda mais especial.
“Conheço muita gente. Conheço os encordoadores dos muitos torneios que fiz com eles, portanto quase sinto como se fosse um torneio normal em casa. Às vezes, nem me sinto nos Jogos Olímpicos, quando estou nos campos de treino”, disse.
Tão feliz quanto Gastão Elias está Filipa Martins. “Está a ser espetacular. Nunca tinha vivenciado assim um momento destes, por isso está a ser mesmo muito espetacular. Apesar de poder haver algumas coisas na Vila que possam não estar tão bem, estou a adorar”, garantiu à agência Lusa.
A atleta do Sport Club do Porto, que vai representar Portugal no ‘all around’ da ginástica artística, ainda não viu nenhum dos grandes ídolos do desporto mundial, mas não perde a esperança que isso possa acontecer nos próximos dias.
“Muitas vezes não os reconheço pessoalmente, porque são um bocado diferentes da televisão, mas tem sido uma experiência muito boa estar com outras modalidades, outros desportos. Às vezes vemos pessoas muito altas, do basquetebol. É um bocado estranho”, contou.
Reconhecendo estar ainda a adaptar-se ao fuso horário, Filipa Martins enalteceu o ambiente que se vive nos três pisos ocupados por Portugal na Torre 11 da Aldeia Olímpica – “Já vivenciei um bocadinho nas Universíadas do ano passado, mas Jogos é sempre diferente” – e revelou os seus objetivos para o Rio2016.
“Primeiro é dar o meu melhor, o meu máximo, desfrutar de todos os momentos que possa viver aqui e tentar ir à final All Around”, concluiu a ginasta de 19 anos.
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