O Brasil quer que os atletas russos participem nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, apesar dos escândalos de doping, mas garante que não irá tolerar práticas irregulares e que os jogos serão “os mais limpos da história”.
“A Rússia é um país importante no desporto. A sua ausência seria uma verdadeira perda”, sublinhou o ministro brasileiro do Desporto, George Hilton, que, numa entrevista ao Le Figaro, insistiu que quer que “os atletas russos estejam nos Jogos Olímpicos do Rio”.
Hilton defendeu o rigor na “luta contra a dopagem na Rússia, mas também em todos os países e atletas de todo o mundo”.
O Brasil, reforçou o governante, apoia “todas as investigações sobre o doping” e as sanções decididas pela Agência Mundial Antidopagem (AMA) e pelo Comité Olímpico Internacional (COI).
George Hilton sublinhou que o laboratório antidopagem brasileiro recebeu a acreditação oficial e que é um dos três com esse estatuto na América do Sul, notando que os atletas brasileiros são já submetidos a controlos de surpresa.
“O Brasil será rigoroso em matéria de luta contra o doping. Não o vamos tolerar. Comprometemo-nos a realizar os Jogos mais limpos da história”, afirmou.
O ministro brasileiro tentou ainda passar uma mensagem de tranquilidade em relação aos preparativos para os Jogos, estimando que “70 a 90% das obras estão já concluídas”.
“Há instalações que foram terminadas antes da data prevista”, reforçou.
Instado a recordar a onda de protestos no Brasil em vésperas do Mundial de futebol e a garantir que o mesmo não voltará a repetir-se no próximo ano, o responsável assegurou que agora “o clima é diferente” e que “o povo brasileiro já percebeu que podemos organizar os Jogos corretamente”.
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