O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) disse hoje confiar na presença da seleção de andebol masculino nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, para honrar Alfredo Quintana.
José Manuel Constantino visitou hoje a equipa das ‘quinas’, no centro de estágios de Rio Maior, deixado à seleção lusa “duas palavras”: Reconhecimento e confiança.
“Uma palavra de reconhecimento ao mérito de resultados alcançados e este apuramento para a fase final de apuramento para os Jogos Olímpicos e uma palavra de confiança, na qualidade dos jogadores e da equipa técnica”, afirmou o presidente do COP, em declarações à agência Lusa.
A seleção portuguesa vai disputar uma das duas vagas em disputa no Grupo 2 de qualificação europeia para Tóquio2020, entre sexta-feira e domingo, frente a Tunísia, Croácia e França, na cidade francesa de Montpellier.
Portugal vai enfrentar esta competição enquanto decorre o luto decretado pela Federação de Andebol de Portugal, na sequência da morte do guarda-redes internacional português do FC Porto, em 26 de fevereiro.
“Pese embora a circunstância de esta competição decorrer no clima que envolve a perda de um dos elementos mais significativos da seleção nacional, estou seguro, estou certo, que tudo irão fazer para honrar o andebol nacional, o mérito do trabalho já realizado, Portugal e, sobretudo, a memória de Alfredo Quintana”, sublinhou Constantino.
O presidente do COP via com muito bons olhos o apuramento inédito de uma seleção portuguesa de andebol para uns Jogos Olímpicos.
“Cabia muito bem [na missão de Portugal], está tudo preparado, contamos com eles, oxalá as coisas possam correr bem, mas sabemos que é difícil, porque estão em prova seleções que são presenças habituais em Jogos Olímpicos. Mas nós acreditamos na qualidade e no mérito da nossa seleção”, rematou o dirigente olímpico.
Relativamente à possibilidade de os Jogos Olímpicos Tóquio2020, que foram adiados para entre 23 de julho e 08 de agosto, decorrerem sem público estrangeiro, conforme noticiou hoje a agência noticiosa Kyodo News e outros órgãos de comunicação social japoneses, Constantino não se mostrou surpreendido.
“Não está ainda decidido, mas todos os indicadores apontam nesse sentido, atendendo às condições de segurança e proteção sanitária que é preciso garantir. Se se vier a confirmar, corresponde à expetativa que tínhamos em relação a essa matéria”, sublinhou.
Oficialmente, o COI mantém que “a decisão sobre essa matéria será tomada no fim de março”, reiterada ainda na segunda-feira, pelo porta-voz Mark Adams, após nova reunião do Conselho Executivo em que o assunto “não foi discutido”.
O evento está agendado para decorrer de 23 de julho a 08 de agosto, com cerca de 900 mil bilhetes já vendidos fora do Japão, numa altura em que se espera que, até ao fim do mês, seja dada uma certeza definitiva sobre a sua realização, ou um cancelamento.
Segundo os media japoneses, está marcada uma reunião entre COI, Governo do Japão, autarquia de Tóquio, Comité Organizador e o Comité Paralímpico Internacional para decidir sobre a viabilidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos e a presença de público, em caso afirmativo.
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