O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, lamentou hoje que os atletas portugueses que integram o programa de preparação para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, tenham menos apoios do que em ciclos anteriores.
«As condições em que os atletas se irão preparar serão seguramente inferiores àquelas em que se prepararam em ciclos anteriores. Se há menos meios para que essa preparação ocorra, naturalmente que essa preparação se ressentirá», afirmou José Manuel Constantino à agência Lusa.
Falando no final da cerimónia de assinatura de um protocolo entre o COP e o Centro de Estágios e Formação Desportiva de Rio Maior, que visa proporcionar aos atletas dos programas de preparação olímpica melhores condições de treino com vista à sua participação nos Jogos Olímpicos de 2016, o dirigente sublinhou que nesta altura ainda não são conhecidos os valores dos apoios.
«No início do ano, (a diminuição de apoios) estava estimada em cerca de nove por cento e agora situa-se na ordem dos 18 por cento, um aumento para o dobro. Naturalmente que isso se refletirá nas condições que as federações desportivas têm para colocar à disposição dos seus atletas», lembrou José Manuel Constantino.
Depois do corte de nove por cento nos contratos-programa para o desenvolvimento da prática desportiva e enquadramento técnico, assinados em março, as federações foram informadas recentemente de uma quebra de outro tanto nesse apoio e mais 20 por cento no financiamento ao alto rendimento e seleções nacionais.
«Aguardamos que o Governo convoque o COP e anuncie quais são as dotações que tem disponíveis para que possamos, à semelhança do que aconteceu em ciclos anteriores, iniciar o nosso trabalho junto das federações e as federações junto dos respetivos clubes, atletas e treinadores, tendo em vista a participação nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro», concluiu.
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