Patrícia Sampaio, uma das judocas portuguesas em lugar elegível para Tóquio2020, sublinhou hoje que os “Jogos Olímpicos podem esperar”, mas “as vidas em risco não”.

A judoca, que compete na categoria de -78 kg e encontra-se em isolamento na sua casa em Tomar, comentou assim o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio2020, que se deveriam realizar entre 24 de julho e 09 de agosto.

O adiamento para 2021 foi hoje conhecido, através de um comunicado conjunto do Comité Organizador e do Comité Olímpico Internacional (COI), devido à crise sanitária vivida, com a pandemia da Covid-19.

“Acima de judocas, somos todos cidadãos conscientes, que vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para vencer este combate”, disse a judoca, de 20 anos, admitindo existir um misto de tristeza e insegurança, mas também de alívio.

Sentimentos suscitados por estar à porta dos seus primeiros Jogos Olímpicos, um “sonho de criança”, mas aliviada por ser tomada a decisão certa.

"Falta mais um ano ainda. Afinal ainda estou a um ano dos meus primeiros Jogos Olímpicos. Há um misto de tristeza e insegurança, e alívio por tomarem a decisão mais correta em prol do bem-estar mundial", considerou.

Patrícia Sampaio é um dos oito nomes do judo português que estão em lugar de apuramento olímpico, juntamente com Catarina Costa, Joana Ramos, Telma Monteiro, Bárbara Timo, Rochele Nunes, Anri Egutidze e Jorge Fonseca.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17.000 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal, há 33 mortos e 2.362 infetados confirmados. Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.

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