A nova data estipulada pelo Comité Olímpico Internacional para os Jogos Olímpicos Tóquio2020 está “dentro do desejável e do ritmo a que os atletas estão habituados”, disse hoje à Lusa o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA).
Jorge Vieira defendeu que a realização dos Jogos entre 23 de julho e 08 de agosto de 2021, praticamente um ano depois das datas previstas, devido à pandemia da covid-19, está “dentro da normalidade” esperada, apesar das implicações que possa vir a ter na qualificação dos atletas.
“Fala-se na possibilidade dos que já tivessem conseguido a qualificação a manterem. É uma ideia que não me é totalmente pacífica. O que se tem de definir é uma nova data limite para as qualificações”, apontou o líder da FPA.
A dúvida instala-se devido à introdução das qualificações por ‘rankings’, no atletismo, para Tóquio2020, em substituição dos ‘mínimos’ que vigoraram para as edições anteriores, sistema que se deverá manter “pelo menos até aos próximos Jogos”.
Alguns atletas de várias disciplinas teriam já garantido a qualificação pelos ‘rankings’ atuais e ‘em cima da mesa’ está a possibilidade de a manterem, independentemente das alterações que uma extensão da data limite possa vir a provocar.
Por outro lado, confirma-se a previsão de sobreposição de datas com os Mundiais de atletismo de 2021, marcados para 06 a 15 de agosto, o que já levou ao adiamento da prova para 2022: “O problema é que no ano seguinte haveria Europeu e tudo isto está encadeado”, explicou Jorge Vieira.
Os Jogos Olímpicos estavam marcados para decorrerem entre 24 de julho e 09 de agosto de 2020, mas foram adiados em um ano, devido à pandemia de covid-19.
O anúncio foi feito por Yoshiro Mori, pouco depois de uma conversa telefónica com o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.
Esta decisão inédita foi tomada "para salvaguardar a saúde dos atletas, de toda a gente envolvida nos Jogos Olímpicos e da comunidade internacional".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, que está em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril, registaram-se 140 mortes e 6.408 casos de infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.
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