O Governo e o Comité Olímpico de Portugal (COP) firmaram hoje o contrato-programa de financiamento da Missão Portuguesa aos Jogos de Londres2012, no valor 500 mil euros, que cobrirá as despesas de deslocação, estadia e outros aspetos logísticos.
«Nesta lógica de que os atletas e a Missão são uma prioridade máxima deste Governo, o apoio que estamos a dar é convicto, empenhado e expressivo. Esse apoio é, designadamente, conferido através de contratos como aquele que hoje aqui se assina», afirmou o secretário de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Mestre, sublinhando, o interesse público da Missão.
No auditório do Centro de Medicina Desportiva de Lisboa, o governante sublinhou que este apoio vai ser conferido «em tempo», a mais de dois meses de distância de Londres2012, «ao contrário, nomeadamente, do que aconteceu relativamente a Pequim2008», em que se assinou o contrato «em cima da hora, mesmo à porta do início dos Jogos Olímpicos».
A este propósito, Alexandre Mestre reafirmou que o atraso na transferência de verbas para o COP relativas a bolsas de atletas olímpicos “«(...) a ser resolvido», indicando que não se trata de uma questão financeira, mas sim administrativa.
«Como sempre dissemos, pagaremos este ano, ao Comité Olímpico de Portugal, 1.425.000 euros. Mas sempre acautelando os atletas – uma prioridade máxima – os quais, como referiu o Nuno Delgado, adjunto do chefe de Missão a Londres2012, não estão a ser afetados», disse Alexandre Mestre, depois de, na sexta-feira, o chefe de Missão, Mário Santos, ter lamentado os atrasos.
Sobre o contrato hoje assinado, Mário Santos considerou que «é essencial para a concretização da Missão Olímpica» e que «a verba em causa consegue dar resposta àquelas que são as necessidades dentro de um orçamento austero» que foi elaborado. «Penso que é suficiente para termos uma participação digna», frisou.
O presidente do COP, Vicente Moura, disse que tem sentido da parte do Governo e das entidades públicas «o apoio necessário e o diálogo necessário» à preparação olímpica, e destacou igualmente o papel das federações, manifestando-se tranquilo para os Jogos: «Em Londres iremos ter os melhores resultados possíveis. Vamos honrar de certeza Portugal».
«Queria aproveitar para me referir à Missão, na presença do chefe de Missão e do adjunto [Nuno Delgado].Tem-me surpreendido pela positiva. Isto é, a preparação da Missão, naquilo que lhes diz respeito e obrigação, tem sido preparada com muito bom senso e ações inovadoras. Espero que nos Jogos Olímpicos todas essas realizações tenham consequências», afirmou.
Alexandre Mestre aproveitou a ocasião para realçar, entre outras coisas, a conclusão do processo do regime de tributação de bolsas pós-carreira atribuídas a 22 atletas de alto rendimento não profissionais, aos quais serão pagos 726 mil euros relativos ao período entre 2011 e 2015, e disse que está a ser contratualizado o seguro obrigatório de saúde desportivo, com um valor de 300 mil euros, para três anos, contemplando uma média de 450 praticantes por ano.
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