A regressada campeoníssima Simone Biles logrou hoje a ‘mão cheia’ de títulos em Jogos Olímpicos, num total de oito medalhas, ao liderar o triunfo dos Estados Unidos na competição por equipas femininas da ginástica artística de Paris2024.
Sob olhar de celebridades norte-americanas, tal como já tinha acontecido na qualificação do ‘all-around’ individual, a ‘Team USA’ foi suprema nos quatro aparelhos, com 171,296 pontos, tendo recuperado o ouro perdido em Tóquio2020 para o então Comité da Rússia.
Os Estados Unidos triunfaram pela quarta vez, num pódio finalizado pela Itália (165,494), ao repetir o segundo lugar da primeira edição da prova feminina, em Amesterdão1928, e pelo Brasil (164,497), de Rebeca Andrade, face a um inédito ‘metal’ coletivo na ginástica.
Apesar de ter competido com a perna esquerda ligada, devido a queixas físicas, Simone Biles, de 27 anos, norteou o êxito do seu país e tem agora cinco ouros, uma prata e dois bronzes em três presenças nos Jogos, aos quais voltou em pleno depois de ter abdicado de várias provas em Tóquio2020, reforçando o debate sobre a saúde mental dos atletas.
A ginasta mais condecorada de todos os tempos, com 38 medalhas, alcançou a húngara Ágnes Keleti, a romena Nadia Comaneci ou as russas Nellie Kim e Polina Astakhova em cetros olímpicos, todas atrás da checa Vera Cáslavská (sete) e da russa Larisa Latynina (nove), mas ainda participará nas decisões individuais de ‘all-around’, salto, trave e solo.
Os Estados Unidos voltaram aos títulos em Paris2024 dois dias depois, mas mantiveram-se sexto posição do medalheiro, com cinco ouros, a três do líder Japão, sendo igualados pela Grã-Bretanha, que ‘bisou’ na estafeta masculina de 4x200 metros livres na natação (6.59,43 minutos), logo por cima da ‘Team USA’, a 1,35 segundos, e da Austrália, a 2,55.
A australiana Kaylee McKeown triunfou pela quarta vez em Jogos e retirou 14 segundos ao seu próprio máximo olímpico (57,33) nos 100 costas, derrotando as norte-americanas Regan Smith, recém-recordista mundial, por 33 centésimos, e Katharine Berkoff, por 65.
Ainda sem novos recordes do Mundo à vista, o quarto dia de finais da natação atualizou outra marca olímpica e europeia nos 800 livres masculinos, com o irlandês Daniel Wiffen (7.38,19 minutos), recém-campeão mundial, a suceder ao americano Bobby Finke por 56 centésimos, enquanto o italiano Gregorio Paltrinieri fechou em terceiro, a 1,19 segundos.
Outra desilusão para o país com mais medalhas e títulos da história nos Jogos incidiu no afastamento de Coco Gauff, segunda tenista mundial, nos oitavos de final do torneio de singulares femininos, ao perder por 7-6 (9-7) e 6-2 com a croata Donna Vekić, 21.ª WTA.
A anfitriã França ficou pela primeira vez em ‘branco’ no somatório diário de ouros, muito por culpa das derrotas na esgrima - foi superada pela Itália na final da prova por equipas femininas de espada - e no judo, já que a campeã em título Clarisse Agbegnenou vacilou nas ‘meias’ com a eslovena Andreja Leski, futura campeã, e ficou pelo bronze em -63kg.
Os gauleses seguem com cinco troféus, mas perderam fulgor na vice-liderança da tabela de medalhas para a Austrália e a China, cuja ‘mão cheia’ de êxitos foi assegurada com a vitória (4-2) sobre a Coreia do Norte na final da prova de pares mistos de ténis de mesa.
Já a Nova Zelândia tornou-se bicampeã de râguebi ‘sevens’ feminino, ao bater o Canadá (19-12) numa das 11 finais do quarto dia dos Jogos Olímpicos Paris2024, que protelou o evento individual masculino de triatlo para quarta-feira, logo após a competição feminina.
A má qualidade das águas do rio Sena condicionou o programa original, assim como as condições climatéricas adversas em Teahupo’o, na Polinésia Francesa, a mais de 15 mil quilómetros da capital gaulesa, ditaram o adiamento das provas de surf em cada género.
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