“Temos de estar gratos pelo que recebemos. Lutei até ao fim para estar no salto em comprimento, mas tenho de estar agradecida por estar aqui, há atletas que lutam uma vida toda por este objetivo e não conseguem. Não queria ser só mais uma na qualificação, queria fazer a diferença. Não foi possível, mas não é isso que me vai deitar abaixo. Vou continuar a trabalhar para melhorar em ambas”, afirmou Evelise Veiga.
A atleta do Sporting, de 25 anos, começou o concurso com 13,93 metros, a sua melhor marca do ano, mas longe do seu recorde pessoal (14,32), seguindo abaixo dos 14,40 da qualificação direta, com saltos de 13,63, e 13,57 metros.
“Às vezes... não acho que o meu psicológico ou físico tenham estado mal. Não saiu. Abri bem o concurso, é aquele entusiasmo de já ter feito um salto e querer tentar a marca. Estamos naquela ansiedade e esta é uma disciplina muito complexa”, realçou.
No entanto, a marca do primeiro salto ficou ‘curta’.
“Quando venho para qualquer que seja a competição, o meu objetivo é dar o meu máximo, se for possível recordes pessoais, ótimo. Queria melhorar a minha marca do ano, consegui, mas não chegou para final. Gostava de ter saltado nos 14,30, 14,40. Certamente estaria entre as 12. Há coisas que não controlamos”, lamentou.
Evelise Veiga não conseguiu juntar-se a Patrícia Mamona na final, marcada para domingo, ao encerrar o concurso no 19.º lugar, enquanto a última repescada para a final foi a finlandesa Kristina Makela, com um salto de 14,21.
“As provas de qualificação são muito duras, o triplo salto está num nível extraordinário, e sabia que não seria fácil chegar à final, mas não deixei de acreditar, sentia-me capaz. O meu melhor de hoje não foi suficiente. Olhando ao longo do ano o que foi o triplo salto, já imaginávamos que seria uma qualificação muito dura e complicada. (...) Mas tudo é possível, tudo pode acontecer. Nunca deixámos de sonhar até ao último ensaio”, assumiu.
A portuguesa admitiu apostar na compatriota Patrícia Mamona, que fechou a qualificação no quarto lugar (14,54), sendo apenas superada pela venezuelana Yulimar Rojas, com 14,77, pela espanhola Ana Peleteiro (14,62) e pela dominicana Thea LaFond (14,60).
“Sem dúvida [apostava na Patrícia medalhar]. Está numa excelente forma e gostava que Portugal conseguisse outra medalha. Nunca a vi assim, por isso acredito que vai estar a lutar pelas medalhas”, explicou, antecipando, que Yulimar Rojas possa bater em breve o recorde do mundo, que está na posse da ucraniana Inessa Kravets (15,50, desde 1995).
A final do triplo salto feminino está marcada para domingo, a partir das 20:15 locais (12:15 em Lisboa).
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