“Desejamos e trabalhamos para chegar ao recorde pessoal, mas as coisas saem no momento certo. Hoje, queria aproximar-me, pelo menos, e se o tenho conseguido tinha avançado para a segunda fase”, afirmou a velocista, após ter sido quarta na quarta série das eliminatórias dos 100 metros, em 11,31 segundos.
Bazolo, de 38 anos, precisava de ficar nos três primeiros lugares da sua série ou conseguir um dos três melhores tempos entre as não apuradas diretamente das sete séries.
Na zona mista do Estádio Olímpico, a atleta do Sporting, que tem como recorde pessoal 11,15, marca que é também recorde nacional, assumiu-se grata com a sua terceira presença olímpica, sem esconder a frustração pela eliminação.
“Antes de mais, estou satisfeita por estar aqui. Cheguei cá para dar o meu melhor, mais do que tinha conseguido ao longo do ano. Sei que tinha capacidades e estava pronta para conseguir melhor. Dei o meu melhor, saiu 11,31, não estou tão satisfeita, queria melhor, mas estou grata por estar aqui e por ter conseguido um apuramento tão difícil”, referiu.
Lorène Bazolo apurou-se para Tóquio2020 em 29 de junho último, quando bateu o recorde nacional dos 100 metros, com a marca de 11,15 segundos, em Castellón, onde retirou dois centésimos ao seu próprio registo (11,17), alcançado em 05 de junho, em Salamanca, também em Espanha.
Na altura, a velocista reconheceu que a alta temperatura a favorecia, realçando que também hoje estavam reunidas as condições para melhorar a sua marca.
“A humidade é muito forte, mas as condições para a velocidade estão todas cá e, por isso, tinha capacidades físicas para a melhor marca do ano”, vincou a primeira portuguesa a competir nas provas de atletismo de Tóquio2020.
Depois dos 100 metros, Lorène Bazolo vai disputar as eliminatórias dos 200 metros, prova para a qual se qualificou como 53.ª no ‘ranking’ entre as 56 apuradas.
“Agora vou focar-me nos 200 metros, vou dar o meu melhor, novamente, mas não quero meter na cabeça que vai ser difícil, porque trabalhei para isso e vou à luta”, concluiu a velocista, que tem como recorde pessoal na distância os 23,01 segundos alcançados no Rio2016, quando foi 30.ª.
Na anterior edição dos Jogos Olímpicos, Bazolo foi 28.ª nos 100 metros, depois de ter sido 52.ª na mesma distância, em Londres2012, então representando o Congo.
O recorde nacional dos 200 metros está na posse de Lucrécia Jardim há 25 anos, desde que a antiga velocista correu meia pista em 22,88 segundos, em Atlanta1996.
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