O Comité Olímpico dos Estados Unidos (Usoc) anunciou na sexta-feira a criação de um grupo de especialistas na luta contra doenças infeciosas, a seis meses dos Jogos Rio2016, ‘assombrados’ pelo vírus Zika.
“Este grupo vai ajudar a identificar e a estabelecer o melhor protocolo para controlar as doenças infeciosas, em particular as que possam afetar atletas e delegados que participem nos próximos Jogos Olímpicos”, explicou o diretor geral do Usoc, Scotte Blackmun.
Para o mesmo responsável, a prioridade do Usoc nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro “é a saúde e o bem-estar de atletas e membros da delegação” dos Estados Unidos.
Este grupo criado pelo Usoc será presidido por Carrie Byington, da Universidade do Utah, que também ficará responsável pela documentação que informará a delegação norte-americana sobre doenças infeciosas.
O medo causado pela doença, em muitos casos com sintomas ligeiros e de curta duração, cresceu nos últimos meses depois que ter sido feita uma relação entre vários casos de bebés com microcefalia, uma alteração craniana grave, com a contaminação das mães durante a gravidez.
Entre 2015 e o início deste ano, o Ministério da Saúde do Brasil registou 5.640 casos de microcefalia. Deste total, 4.107 ainda estão a ser investigados mas as autoridades calculam que, pelo menos 583 crianças, nasceram com o problema após o surto, um número muito acima do habitual.
Perante a preocupação internacional, a Presidente brasileira, Dilma Rousseff, iniciou uma campanha nacional contra o Zika, mobilizando mais de 260 mil militares e agentes de saúde em todo o país.
O Rio de Janeiro é uma das áreas prioritárias do governo para o combate ao mosquito, justamente por causa dos Jogos Olímpicos.
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