O treinador angolano Filipe Cruz afirmou ter sido impedido administrativamente de firmar um contrato que o levaria a orientar a selecção sénior masculina de andebol da República Democrática do Congo (RDC).

Em declarações à Rádio-5, o técnico explicou que a comunicação sobre tal impedimento lhe foi feita pela federação do Congo, por alegados incumprimentos administrativos seus com a Confederação Africana de Andebol (CAHB).

“Deduzo que alguém em Luanda informou a CAHB que eu não posso orientar a selecção do Congo, penso que existe uma mão invisível no meio de tudo isto“, disse.

Referiu ter conhecimento da situação a 24 de Novembro, pelo que deu tempo para saber os reais motivos de tal impossibilidade, mas não encontrou resposta plausível para dar sequência ao processo com os congoleses.

O técnico fala, sem citar nomes, que existem pessoas de má fé que impediram a sua ida ao Congo para orientar a selecção no 24º campeonato africano da modalidade, a decorrer na Tunísia de 16 a 26 deste mês.

“Está claro. Não vejo outro meio, que não alguém de Angola que tenha criado toda esta situação. Mas vamos esperar que a verdade virá um dia”, sublinhou, acrescentando ter pedido ajuda a federação angolana para saber os verdadeiros motivos, mas não teve a ajuda necessária.

Filipe Cruz vai continuar a orientar a formação sénior masculina do 1º de Agosto, depois de ser rendido no comando técnico da selecção nacional masculina por Nelson Catito.

Ao serviço da selecção angolana masculina, o técnico sagrou-se vencedor dos Jogos Africanos nos Marrocos em 2019, conquistou duas medalhas de bronze nos campeonatos africanos de 2016 e 2018, assim como obteve medalhas de prata nos Jogos Africanos de Maputo, em 2011, e Brazzaville, em 2015.

Treinou igualmente a selecção sénior feminina, com a qual sagrou-se campeão africano, em 2016.