Os jogadores da seleção portuguesa de andebol admitiram esta quinta-feira o orgulho pela presença no Europeu da modalidade, em janeiro de 2020, revelando a ambição de feitos grandiosos na competição.
“Queremos fazer algo bonito neste campeonato da Europa, depois de tantos anos ausentes. Queremos mostrar a qualidade do nosso andebol e acho que vamos fazê-lo bem”, sublinhou Tiago Rocha, pivô do Sporting e capitão da equipa das ‘quinas’.
A seleção portuguesa concentrou-se em Rio Maior, para o último estágio antes da fase final do campeonato da Europa, que vai ser disputado entre 09 e 26 de janeiro, na Noruega, Áustria e Suécia.
Portugal vai disputar o Grupo D, na cidade norueguesa de Trondheim, juntamente com a França, medalha de bronze no Mundial de 2019, a estreante Bósnia-Herzegovina e a anfitriã Noruega, finalista no último campeonato do mundo.
“São três equipas de renome internacional, três grandes seleções, mas queremos fazer o nosso melhor. Já ganhámos à França e porque não, agora, ganhar à Noruega e à Bósnia-Herzegovina e, novamente, à França”, frisou Tiago Rocha, rejeitando mais responsabilidade por ser o melhor marcador dos convocados do selecionador Paulo Pereira: “Se não marcar e ganharmos fico satisfeito na mesma”.
O central do FC Porto Miguel Martins concordou no “momento grandioso para o andebol português”, recorrendo à situação atual da modalidade para poder “pensar em grande”.
“Estamos unidos para tentar levar de vencido o primeiro jogo, tentar vencer a Bósnia-Herzegovina e, quem sabe, a Noruega, para passarmos este grupo. Acho que este grupo tem muita qualidade e é assim que temos de pensar se quisermos alcançar algo grandioso”, reiterou.
O também central dos ‘dragões’ Rui Silva reconheceu o “sentimento especial” e a concretização de um “sonho” com o regresso de Portugal às grandes competições, 14 anos depois, enquanto o lateral esquerdo Salvador Salvador, do Boa-Hora, assumiu o “privilégio enorme” pela primeira chamada à seleção principal.
João Ferraz, lateral direito dos suíços do Suhr Aarau, também exaltou o “orgulho” com a possibilidade de “jogar com as melhores equipas”, reconhecendo a necessidade de os jogadores se abstraírem das dificuldades provocadas pelas poucas horas de luz solar na Noruega.
Na fase final de recuperação de uma lesão no joelho esquerdo, o ponta direito do FC Porto António Areia atestou a sua disponibilidade física para o Europeu, sublinhando, igualmente, a ambição.
“Acho que se não está a 100%, está perto, portanto, se for opção para jogar, vou estar acima dos 100% (…). É uma prova nova para muitos de nós, para a qual olhamos com muita ambição. Vamos encarar a fase de grupos jogo a jogo, para ganhar”, sentenciou.
O guarda-redes Alfredo Quintana revelou a vontade de iniciar a competição, para mostrar o valor da equipa lusa: “Quero é que comece, para dar grandes alegrias aos portugueses. Nós jogamos com os melhores e temos de provar que estamos entre os melhores”.
Mais experiente, e a seis dias de completar 42 anos, em 01 de janeiro de 2020, o também guarda-redes Humberto Gomes confirmou o discurso.
“É um grande orgulho, um sonho tornado realidade. Acho que, passados tantos anos, Portugal já merecia estar num Europeu. Chegou a altura e vamos com muita vontade de mostrar o valor do andebol português”, rematou o guardião do ABC.
Presente no Europeu de 2004, na Eslovénia, Humberto Gomes falhou a última participação lusa, na Suíça, dois anos depois, em detrimento de Ricardo Figueiras e Miguel Fernandes, mas, mesmo assim, diz sentir-se “um felizardo” por ter esta “história para contar”, que pensa abrilhantar.
“Acho que temos uma fornada de jogadores fantásticos, que gostam muito de andebol e querem mostrar a toda a Europa que temos valor. Isso tem-se visto com os resultados dos clubes, nomeadamente o Sporting e o FC Porto, e queremos fazer um brilharete”, concluiu.
Comentários