Portugal encetou uma recuperação fantástica no segundo tempo para vencer o Brasil por 30-26 esta tarde, em jogo segunda jornada do Grupo E da primeira fase do Mundial de andebol.
Na Unity Arena, em Oslo, na Noruega, num duelo de 'irmãos' que já 'conta' para a segunda fase, Portugal foi para o intervalo a perder por três golos mas, num segundo tempo fantástico, partiu para o triunfo, muito graças a grande exibição de Martim Costa, Melhor em Campo, prémio que já tinha conquistado no primeiro encontro na vitória 30-21 sobre os EUA.
Com duas vitórias em dois jogos, Portugal já sabe que levará, no mínimo, dois pontos para a segunda fase.
No próximo domingo, a seleção nacional mede forças com a Noruega, às 19h30.
Brasil domina primeiro tempo
Paulo Jorge Pereira teve de parar o relógio aos 06 minutos e 30 segundos para tentar acalmar a equipa, depois de ver Portugal sofrer quatro golos e não marcar nenhum, graças a grande entrada em jogo do guardião brasileiro Rangel da Rosa, com várias defesas.
O primeiro golo dos lusos só apareceu aos 07 minutos e 15 segundos, numa 'bomba' de Rui Silva em ataque rápido. Mas os lusos foram subindo e fizera o Brasil provar do seu veneno. A seleção nacional marcou quatro golos seguidos, sem sofrer nenhum, aproximando-se assim do marcador, num jogo que estava com muitas falhas técnicas nos primeiros minutos.
Defensivamente Portugal até estava bem, tendo melhorado quando trocou Diogo Rema por Gustavo Capdeville na baliza, já que o jovem guardião não estava a conseguir travar os remates canarinhos, ao contrário de Gustavo. Mas na frente, os comandados de Paulo Jorge Pereira tinham de arranjar formas de não transformar Rangel da Rosa em herói. O guardião canarinho continuava a brilhar, mesmo em situações de um contra zero.
O selecionador de Portugal, Paulo Jorge Pereira, apostou no sete contra seis, sem guarda-redes na fase ofensiva. Portugal conseguiu marcar dessa forma, mas o Brasil aproveitava para marcar de seguida, na reposição rápida da bola em jogo. Pior era quando os lusos acertavam em Rangel da Rosa em superioridade numérica.
O 12-15 ao intervalo a favor do Brasil até nem era mau resultado para Portugal, tendo em conta os vários erros cometidos no ataque, com perdas de bola em receções e más combinações no lado luso. O Brasil, galvanizado pela surpreendente vitória na ronda inaugural diante da Noruega, confiava no guardião Rangel da Rosa para construir a vantagem.
Abram alas para Martim Costa, o 'bombardeiro'
O segundo tempo arrancou igual ao primeiro, com Brasil a marcar primeiro, mas com Portugal a reagir de seguida. Os lusos foram acompanhando os canarinhos, com golos a surgirem nas duas balizas. Rangel da Rosa deixou de defender tudo e Portugal foi-se aproximando no marcador, apesar de continuar a cometer alguns erros difíceis de explicar, com incidência para o pivot Luís Frade, com erros não forçados em receções, remates e nos passes.
Era na defesa que Frade brilhava, com bloqueios fantásticos, que iam mantendo Portugal na discussão do resultado.
Ofensivamente, apareceu Martim Costa, que conseguiu finalmente calibrar aquele braço direito. As 'bombas' do jovem central português começaram a entrar e isso galvanizou a seleção nacional.
Só aos 45 minutos é que Portugal conseguiu finalmente empatar a partida a 25 golos, num remate de António Areia, vindo da ponta. O Brasil falhou o ataque seguinte e Portugal teve a primeira oportunidade para passar para a frente, mas falhou. As combinações com os pivots não surgiram e quando a bola chegava à Iturriza ou a Frade, os dois falhavam. Aos 48 minutos, uma 'bomba' de Martim Fernandes deu a primeira vantagem à seleção nacional, seguido de uma defesa de Capdeville. Animicamente agora era Portugal quem estava por cima.
E isso era visível nos remates de Martim Costa, que agora entravam todos. Na baliza, Gustavo Capdeville brilhava, e o Brasil já sentia dificuldades em marcar, com algumas perdas de bola no ataque. Em contra-ataque, Portugal não falhava.
O jogo foi caminhando para o final, com Portugal a engordar a vantagem até aos 30-26 final.
O triunfo permite a Portugal ir para a segunda fase com, no mínimo, dois pontos. No próximo domingo os lusos enfrentam a Noruega para tentar o pleno de vitórias.
Recorde-se que para a segunda fase seguem os três primeiros, com os pontos que conseguirem face aos outros apurados.
Na ‘main round’, o Grupo E cruza com o F, que integra as seleções de Espanha, medalha de bronze no Mundial2023 e nos Jogos Olímpicos Paris2024, Suécia, bronze no Euro2024, Japão e Chile - os dois primeiros apuram-se para os ‘quartos’.
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