A portuguesa Jacqueline Cavalcanti disse estar “muito feliz” pela vitória na estreia no Ultimate Fighting Championship (UFC), principal promoção mundial de artes marciais mistas (MMA), conseguida no sábado, em Paris, ante a francesa Zarah Fairn.
“Sinto-me mesmo muito feliz pelo que aconteceu. Trabalhei muito e finalmente consegui pisar no UFC e estrear-me com uma vitória”, declarou a lutadora de 26 anos, um dia depois do triunfo na capital francesa.
A vitória significa muito “para a carreira e pelas pessoas que estiveram” a seu lado, “mas principalmente para Portugal, como primeira mulher portuguesa a chegar a este palco”.
“Tenho sensação de missão cumprida. Podia ter feito ainda melhor, porque estou sempre a cobrar-me. Da próxima vez que entrar no octógono, estarei ainda melhor. Tenho de trabalhar, mas também desfrutar do momento”, afirmou.
Cavalcanti, que se tornou a primeira mulher portuguesa na história do UFC, venceu em Paris uma atleta da ‘casa’, de 36 anos, no combate de peso-galo, categoria de -61,2 kg.
A campeã do circuito Legacy Fighting Alliance esteve por cima ao longo dos três ‘rounds’, apostando nos pontapés às pernas da adversária como principal manobra, num embate sem projeções e dominado pelo jogo de golpes.
No final, a portuguesa acabou por vencer por decisão unânime do júri.
Cavalcanti entrou com o pé direito no UFC, a maior, mais popular e lucrativa organização de MMA do mundo, cujo pioneiro português, no masculino, foi o luso-angolano Manuel Kape.
Nascida em São Paulo, chegou a Portugal em 2009 e, desde então, luta a partir de Almada, tendo explicado, em entrevista à Lusa, que desde 2018 se focou exclusivamente em atingir o UFC.
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