A judoca Joana Crisóstomo foi ontem quinta classificada nos Europeus em Zagreb, competição em que foi a surpresa do dia entre os portugueses, ao chegar à luta pelas medalhas em -70 kg.
No seu quinto combate do dia, Crisóstomo não resistiu à forte judoca espanhola, de origem japonesa, Ai Tsunoda, filha do antigo treinador de Telma Monteiro Go Tsunoda, e perdeu sem qualquer contestação.
Tsunoda, oitava do ranking mundial e quinta cabeça de série nos Europeus, entrou a dominar, apesar de a judoca portuguesa nunca se mostrar retraída, um pouco à semelhança do que fez em toda a competição.
Coube à espanhola os primeiros e mais perigosos ataques e, ainda não tinha o combate chegado a meio, quando conseguiu com nova técnica de ‘seoi nage’ – desequilibrar o adversário com o uso do corpo, projetando-o por cima do ombro -, estar em vantagem.
Um ataque que permitiu a Tsunoda pontuar para waza-ari e dominar já no chão a judoca portuguesa, num movimento contínuo até à imobilização (osaekomi), bastando mais 10 segundos.
Este foi o quinto combate entre as duas judocas, com domínio absoluto de Tsunoda, que passa a somar cinco triunfos.
Para Joana Crisóstomo, de 22 anos, foram, mesmo assim, uns Europeus para lembrar, naquele que foi o seu melhor resultado em seniores, depois de já ter sido vice-campeã europeia de juniores (2020) e medalha de bronze (2021).
No segundo dia dos Europeus de judo, a seleção portuguesa só teve Joana no bloco das finais, depois das eliminações, ainda no período da manhã, de Taís Pina (-70 kg), Thelmo Gomes (-73 kg), Anri Egutidze e João Fernando (-81 kg) e Otari Kvantidge (-73 kg), que terminou em nono, após três combates.
Hoje, Portugal fecha a participação em Zagreb com os ‘olímpicos’ Patrícia Sampaio (-78 kg), Rochele Nunes (+78 kg) e Jorge Fonseca (-100 kg), todos judocas que já conquistaram medalhas em Europeus, depois de no primeiro dia, na quinta-feira, ter tido o regresso de Catarina Costa e Telma Monteiro, após paragem longa de ambas.
Catarina Costa ainda conquistou a medalha de bronze em -48 kg, enquanto Telma Monteiro, que fazia a primeira competição após uma rotura do ligamento cruzado do joelho esquerdo, optou por desistir e terminar em sétimo, uma decisão por precaução em ano de Jogos Olímpicos e para não forçar fisicamente.
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