Portugal despede-se hoje dos Mundiais de judo com os mesmos oito judocas em zona elegível para os Jogos Olímpicos, numa competição em que Anri Egutidze segurou a posição e Jorge Fonseca ‘cavalgou’ lugares.

Nos sete dias de competição na capital húngara, a equipa masculina portuguesa, a menos representada para Tóquio2020, ‘puxou dos galões’: Jorge Fonseca revalidou o título mundial e Anri Egutidze conseguiu o seu melhor desempenho no judo.

Para o bicampeão mundial, o ouro de Budapeste permite que se apresente nos Jogos Olímpicos de Tóquio2020, cuja competição de judo decorrerá entre 24 e 31 de julho, como segundo do ‘ranking’ mundial na sua categoria.

O judoca do Sporting somou 2.000 pontos, a que subtrairá o seu sexto pior resultado desde maio de 2019, e estará em Tóquio como segundo cabeça de série na prova e do ‘ranking’ mundial, apenas atrás do georgiano Varlam Liparteliani, que em Budapeste foi bronze.

Já a medalha de bronze de Anri Egutidze permite-lhe subir duas posições em -81 kg e segurar a qualificação, em que podia ser ‘ameaçado’ nos Mundiais face à pouca diferença de pontos entre a sua posição, à entrada para a competição, e a primeira fora do apuramento direto, com uma diferença de escassos 200 pontos.

A possibilidade de ser ultrapassado seria mesmo assim um cenário pouco provável, exigindo que os quatro abaixo do judoca do Benfica fizessem grandes resultados, e foi exatamente o contrário, com Egutidze a ser o único fora do top-5 a surpreender.

O judoca, que tinha ficado com o sabor amargo de ser quinto classificado nos Europeus de Lisboa, alinhou-se nos pódios dos Mundiais ao lado de Matthias Casse, o belga número um mundial, do georgiano Tato Grigalashvili (4.º), e o holandês Frank De Wit (5.º).

Depois das judocas femininas portuguesas brilharem nos Europeus, com o ouro de Telma Monteiro, ou os bronzes de Rochele Nunes e Bárbara Timo, os Mundiais mostraram o melhor dos dois judocas masculinos em lugar de apuramento.

Um número que não é suficiente para Portugal competir em equipas mistas nos Jogos Olímpicos, com os Mundiais a não darem pontos a João Crisóstomo (-66 kg), bronze em Lisboa nos Europeus, ou a Rodrigo Lopes (-60 kg), eliminados cedo.

Na equipa feminina, Catarina Costa (-48 kg), Joana Ramos (-52 kg), Telma Monteiro (-57 kg), Bárbara Timo (-70 kg) e Rochele Nunes (+78 kg) têm seguras as respetivas qualificações, bem como Patrícia Sampaio (-78 kg), ausente em Budapeste, por precaução na recuperação a uma microrrotura muscular.

Joana Ramos é a mais beneficiada nos Mundiais, com a judoca 'leonina' a aproveitar o seu quinto lugar para subir no ‘ranking’, apresentando-se em Tóquio2020 como 18.ª do ‘ranking’ em -52 kg (13.ª na entrada direta).

Já a supercampeã Telma Monteiro, a judoca portuguesa mais medalhada de sempre, ficou-se pela fase da repescagem destes campeonatos – já de acesso à medalha de bronze -, terminando no sétimo lugar, o que deverá significar uma descida nos -57 kg.

Telma deverá ser ainda assim cabeça de série nos Jogos Olímpicos, como sétima na sua categoria, situação semelhante a Catarina Costa em -48 kg, como oitava favorita, e Jorge Fonseca em -100 kg, agora como segundo cabeça de série.

A competição em Budapeste teve ainda o 'bónus' de colocar Maria Siderot como 'suplente' nos -48 kg, com a judoca a ter pontos suficientes para ser elegível, salvaguardando a posição em caso de lesão de Catarina Costa.

Os Mundiais encerraram as contas no apuramento olímpico, embora o fecho oficial do 'ranking' aconteça apenas em 28 de junho, até à comunicação final das respetivas federações e comités olímpicos nacionais, e após serem 'descartados' os atletas, que, por uma ou outra razão, não possam estar nos Jogos.

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