O Cascais Padel Master está de volta aos Jardins do Casino Estoril, entre 01 e 05 de setembro, e terá em Ana Catarina Nogueira e Sofia Araújo as jogadoras portuguesas mais credenciadas na prova do World Padel Tour (WPT).
Depois do interregno em 2020, devido à pandemia provocada pela Covi-19, o terceiro torneio de categoria Master da temporada regressa a Portugal e já tem assegurada a presença de quatro duplas nacionais no quadro principal feminino e masculino, entre os melhores jogadores do mundo.
Além de Sofia Araújo, 19.ª colocada no ‘ranking’ WPT, e Ana Catarina Nogueira, 27.ª classificada, as únicas portuguesas com acesso ao quadro principal do circuito mundial, vão disputar a prova Kátia Rodrigues/Catarina Vilela, Margarida Fernandes/Patrícia Ribeiro, Diogo Rocha/Pedro Graça e Afonso Fazendeiro/Pedro Araújo, estes com ‘wild cards’ atribuídos pela Federação Portuguesa de Padel (FPP).
“È muito bom ver o WPT voltar a Portugal, é um excelente sinal. È bom jogar em casa e ter o apoio do público português”, comentou, em declarações à Lusa, Ana Catarina Nogueira, acrescentando existirem “todas as condições para organizar um evento deste género, uma vez que a organização é excelente e existem medidas de segurança que têm corrido bem nos outros torneios do WPT.”
Tal como a jogadora natural do Porto, Diogo Rocha, além de se mostrar “muito feliz com o regresso da prova”, defende ser “muito importante Portugal receber uma etapa do WPT, para o desenvolvimento da modalidade, e uma oportunidade única de ver os melhores jogadores do mundo ao vivo”.
Apesar da entrada direta no quadro principal feminino e de ter disputado com a parceira Sofia Araújo uma meia-final esta temporada, no Tau Cerâmica La Nucía Challenger, Ana Catarina Nogueira recusa o estatuto de favorita, mesmo jogando em casa.
“Nem partimos como cabeças de série. O nível do circuito feminino está muito, muito elevado e cada ano que passa a exigência é cada vez maior. Portanto, para nós um bom resultado já seria chegar aos quartos de final. Mas, nesta fase, queremos pensar jogo a jogo e tentar chegar o mais longe possível”, assume.
As duas portuguesas iniciaram a época a jogar com parceiras espanholas, mas em meados de julho optaram por se juntar, por isso dizem necessitar de algum tempo de adaptação, embora formarem dupla nas provas nacionais.
“Como dupla temos vindo a melhorar de torneio para torneio. No meu caso específico, tive de passar do lado esquerdo para o direito, e isso exige um período de adaptação. Os primeiros torneios não correram tão bem, mas os últimos já estão a correr bastante melhor. Apesar de já jogarmos em Portugal, o nível no WPT é completamente diferente, é uma exigência muito grande”, frisa Ana Nogueira.
Se na prova feminina a tarefa das portuguesas não será fácil, já que vão ter pela frente algumas as melhores adversárias do mundo, como as número um mundiais, Alejandra Salazar/Gema Triay, e Tamara Icardo (11.ª WPT)/Delfi Brea (8.ª WPT), a dupla sensação da temporada, a empreitada dos representantes nacionais no quadro masculino assume-se ainda mais complicada.
“Vou jogar com o Pedro Graça, um jovem de 18 anos com um talento imenso. A FPP e o selecionador optaram por atribuir os ‘wild cards’ aos mais jovens e esta nova geração é, de facto, incrível, como o Pedro Araújo, o Afonso Fazendeiro e o Pedro Graça. Fui a única exceção, talvez por nunca ter jogado um quadro principal do WPT no meu país e ser uma espécie de prémio de carreira, sendo o número um há tantos anos”, comentou Diogo Rocha, a liderar o ‘ranking’ nacional pelo nono ano.
O experiente jogador, antigo 62.º colocado na hierarquia WPT, e o jovem Graça nunca jogaram juntos, “apenas um contra o outro”, e o convite para o quadro principal “é a oportunidade de estar ao lado dos melhores do mundo, sem passar pela pré-prévia e prévia”, que arranca a 28 de setembro no Estoril.
“Julgo que nenhuma dupla portuguesa tem, nesta altura, capacidade para passar as exigentes fases de qualificação. Nós fomos contemplados com um ‘wild card’, vamos tentar representar o nosso país da melhor forma e dar um bom espetáculo. As expectativas é divertirmos e aproveitarmos a experiência de jogar um torneio do WPT no nosso país, com o apoio do público”, completou Rocha.
Entre os possíveis adversários dos jogadores portugueses vão estar Juan Lebrón/Alejandro Galán, líderes do ‘ranking’ mundial, Fernando Belasteguín/Sanyo Gutierréz e, entre outros, Pablo Lima/Agustín Tapia, segundos e terceiros colocados na hierarquia, todos com presença já confirmada no Cascais Padel Master.
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