O chefe da missão portuguesa aos Jogos Olímpicos Tóquio2020, Marco Alves, acredita que uma preparação cuidada e articulada com as federações contribuirá de forma decisiva para o sucesso no Japão.

“O primeiro desafio é preparar o melhor possível a missão em Portugal”, disse Marco Alves à agência Lusa, acrescentando: “Queremos chegar a Tóquio com o máximo de situações previstas resolvidas e planeadas para que tudo corra de uma forma mais ágil e singular para cada uma das especificidades dos atletas."

Marco Alves, diretor do departamento de missões e preparação olímpica, entende que “chegar com o trabalho planeado e as situações acertadas com as federações, naturalmente facilitará o trabalho em Tóquio.”.

O chefe da missão aos Jogos de 2020, que no ano passado visitou o Japão e alguns locais de competição, elege a comunicação e o clima como “desafios que se colocam e que não se colocaram nos Jogos Olímpicos Rio2016”.

Marco Alves, que foi escolhido pela comissão executiva do COP em dezembro de 2018, admite que é um desafio poder liderar uma missão aos Jogos Olímpicos.

“É um desafio poder liderar uma missão aos Jogos Olímpicos, não que não o tenha feito num passado recente, mas naturalmente os Jogos Olímpicos, como evento principal do ciclo olímpico, acresce responsabilidade. É um desafio para o qual espero estar preparado”, diz.

Marco Alves chefiou as missões lusas nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Buenos Aires, nos Jogos do Mediterrâneo, em Tarragona, na Espanha, em 2018, e nos Jogos Mundiais, em Wroclaw, na Polónia, em 2017.

Com dois atletas qualificados na vela, o responsável pela missão aos Jogos, que decorrerão entre 24 de julho e 09 de agosto, assume que em Tóquio a comitiva será inferior aos 92 atletas que representaram Portugal no Rio, em 2016.

“O número de atletas no Rio foi influenciado pela presença do futebol, pois, 18 deles integravam a seleção de sub-23 de futebol. Já não será possível contar com o futebol em Tóquio, o número deve baixar”, refere.

Lembrando que os Jogos Olímpicos são singulares por juntarem atletas de diferentes modalidades, Marco Alves assume que o facto de a missão integrar desportistas de várias modalidades é um desafio.

“São peças diferentes, mas cabe-nos a nós encaixá-las da melhor forma possível, será um conjunto de preocupações de base entre modalidades, mas depois há a singularidade de cada uma das modalidades e de cada um dos atletas que estamos cá para respeitar e prestar o melhor serviço possível”, afirma.

Marco Alves terá como adjunta Catarina Monteiro, que já assumiu o mesmo cargo nos Jogos Rio2016, aos quais o chefe de missão foi José Garcia.