A Câmara de Coimbra vai concessionar um terreno para a construção e exploração de um complexo desportivo integrado e centro olímpico de ginástica, na zona da Solum, em plena área urbana da cidade.

O executivo municipal de Coimbra aprovou hoje, por maioria, durante a sua reunião quinzenal, a abertura de um concurso público para “a concessão de exploração de um terreno municipal para a construção e exploração de um complexo desportivo integrado e centro olímpico de ginástica, na Avenida Mendes da Silva”, em Coimbra.

O terreno tem uma área de cerca de dez mil metros quadrados, perto de metade dos quais para implantação de edifícios, que não poderão exceder os três pisos (nalgumas áreas dois), e estacionamento subterrâneo.

A decisão foi aprovada pela maioria do PS e pelos dois vereadores do movimento Somos Coimbra e os votos contra dos três representantes do PSD, eleitos no âmbito da coligação deste partido com o CDS-PP, o PPM e o MPT.

A abertura do concurso público pode, a partir de agora, ser submetida à apreciação da Assembleia Municipal, de cuja aprovação depende o desenvolvimento do processo com vista à construção e exploração do centro de ginástica e do complexo desportivo.

Esta é uma forma da autarquia ajudar a “encontrar soluções para novos equipamentos desportivos de modalidades em crescimento, como a ginástica aeróbica e de Trampolins, que exige um espaço próprio e muito específico”, que a Câmara designa de Centro Olímpico de Ginástica, destinado às “centenas de jovens que praticam esta modalidade, nas suas várias especialidades, em condições deficitárias”, sustenta a proposta hoje aprovada.

É fundamental “criar condições que permitam a construção destes novos equipamentos e instalações desportivas”, aproveitando quer a existência de terrenos municipais disponíveis junto de zonas urbanas, quer “o interesse de eventuais entidades privadas que queiram investir nesta área”, sublinhou o vereador responsável pelo desporto, Carlos Cidade.

O voto contrário dos sociais-democratas deve-se essencialmente a razões relacionadas com o processo, que “não está devidamente instruído”, e à “falta de especificidades técnicas” e aos “critérios de adjudicação”, explicou o vereador Paulo Leitão.

“O caderno de encargos é muito vago”, alegou Paula Pêgo, igualmente vereadora do PSD, defendendo a necessidade de este documento e a generalidade da proposta serem "clarificados" e "aperfeiçoados".

O terreno a ser concessionado tem uma área de 9.394 metros quadrados e “uma área de implantação de 4.645 metros quadrados”, com “uma cércea máxima de dois pisos e de três pisos”, de acordo com estudo de ocupação, e estacionamento subterrâneo.

“Os parâmetros de contratação previstos são de 40 anos de prazo e 500 mil euros de valor base de licitação para a construção do Centro Olímpico de Ginástica”, indica a Câmara, referindo que “o procedimento a adotar será o de concurso público e o critério de adjudicação o de melhor relação qualidade/preço”.