O português João Almeida (UAE Emirates) admitiu hoje ter sofrido na nona etapa da Volta a Itália em bicicleta, que começou sem se sentir bem, mas terminando feliz, com a subida à segunda posição, no topo do Blockhaus.
“Não me estava a sentir bem, durante todo o dia, não sabia se conseguiria acompanhar os da frente. Não sabia se teria pernas. Lutei para não perder muito tempo e acabei feliz”, afirmou o corredor de 23 anos, natural de A-dos-Francos, após ter sido quinto na nona etapa do Giro.
O português, que liderou a edição de 2020 do Giro durante 15 etapas, concluiu os 191 quilómetros da tirada, entre Isernia e Blockhaus, em 05:34.44 horas, com o mesmo tempo do vencedor, num grupo com o francês Romani Bardet (DSM), o equatoriano Richard Carapaz (INEOS) e o espanhol Mikel Landa (Bahrain-Victorious).
“Está em cima da mesa, estou contente, porque pude acabar com eles”, vincou.
Na abordagem à subida ao Blockhaus, nos últimos 10 quilómetros da etapa, a INEOS, com Richie Porte à cabeça, liderou o primeiro grupo, até ao ataque de Carapaz, Bardet e Landa, que parecia derrubar João Almeida, que, até à chegada, recuperou o contacto com este grupo, que disputou a vitória na etapa ao ‘sprint’, com a celebração do australiano Jai Hindley (BORA-hansgrohe).
“Foi duro no início, sofri, mas foi um bom final. Senti que não estava com as melhores pernas, foi o que foi, tive de sofrer, meter um ritmo inteligente e aguentar”, explicou Almeida, que subiu do oitavo para o segundo lugar da classificação geral, a 12 segundos do espanhol Juan Pedro López (Trek-Segafredo), que ‘salvou’ a camisola rosa, ao chegar com um atraso de 01.46 minutos.
“Todos temos dias maus, não tive assim tão boas pernas hoje, talvez como os outros, mas penso que continuamos todos na corrida”, rematou o português.
Na segunda-feira, o pelotão da 105.ª edição do Giro vai beneficiar do primeiro dia de descanso da corrida, antes de enfrentar os 196 quilómetros da 10.ª etapa, entre Pescara e Jesi, num percurso praticamente plano, apenas com duas contagens de montanha de quarta categoria.
Comentários