"A força das circunstâncias a isso obriga. Se houvesse garantia de que os Jogos se podiam realizar na data inicialmente prevista, não haveria adiamento, mas o estado em que o mundo se encontra obriga a ter essa cautela, e foi a solução mais sensata e razoável", disse José Manuel Constantino, que acrescentou ainda que decisões como esta derivam do facto de "vivermos num quadro de excecionalidade".

Quanto à missão portuguesa para os Jogos Olímpicos de Tóquio2020, o presidente do COP assegura que "não está em risco", desde que a competição venha mesmo a realizar-se no próximo ano.

"A missão olímpica não está em risco se não estiver em risco a realização dos próprios Jogos na data que está prevista. Seria uma enorme deceção se os Jogos não se realizassem ao fim de cinco anos", concluiu José Manuel Constantino.

O Presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, anunciou hoje que os Jogos Olímpicos da Juventude de Dakar, inicialmente previstos para 2022, serão realizadas em 2026, alegando que a mudança dos Jogos de Tóquio 2020 para o próximo ano, devido à pandemia de covid-19, sobrecarregou o calendário.

"Se os Jogos Olímpicos da Juventude fossem realizados em 2022, isso significaria cinco Jogos Olímpicos em apenas três anos, o que colocaria uma carga de trabalho excessiva em todos", argumentou o líder do COI em conferência de imprensa.

A pandemia de COVID-19 já provocou mais de 578 mil mortos, incluindo 1.676 em Portugal.