O francês Yoann Richomme, ‘skipper’ do VO65 português ‘Racing for the Planet’, considera que os portugueses Bernardo Freitas e Frederico Melo “serão uma parte importante no futuro da equipa”, que vai disputar a próxima edição da Ocean Race.

“Tem sido um privilégio velejar com o Frederico e o Bernardo, eles têm uma enorme experiência do VO65 por terem disputado a última Volvo Ocean Race. As suas carreiras olímpicas ensinaram-lhes a arte de bem manejar as velas, conduzir um barco de forma rápida e dominar táticas e estratégias. Serão, por isso, uma parte importante no futuro da equipa”, avançou Richomme, em declarações à agência Lusa.

A Mirpuri Foundation Race Team, a primeira equipa anunciada para a próxima edição da Ocean Race, que partirá de Alicante no outono de 2022 e terminará em Génova no verão de 2023, tem andado em testes para definir a tripulação e, esta semana, aproveitou a competição Cascais Vela, que termina hoje no campo de regatas de Cascais, para mais uma sessão de treinos.

“Esta semana revelou-se muito útil, experimentámos entre a tripulação várias posições no barco e parece que encontrámos a melhor forma de nos organizarmos. Melhorámos a comunicação entre a equipa e a nossa performance”, comentou Yoann Richome, que já foi anunciado como o ‘skipper’ para a prova de vela à volta do mundo.

Além das três regatas de competição da prova que encerra a temporada de verão em Cascais, a Mirpuri Foundation Race Team fez ainda uma sessão de treino durante a noite, que, segundo Richomme, permitiu testar diferentes sistemas entre os vários membros da tripulação, esta semana, composta pelo australiano Jack Bouttell, o francês Fabien Delahaye, ambos vencedores da última edição da Ocean Race, a bordo do barco chinês da Dongfeng Race Team, os britânicos Emily Nagel e Rob Bunce e o irlandês Cian Guilfoyle, além dos portugueses Bernardo Freitas, Frederico Melo e Marina Lobato e do ‘skipper’ francês.

“A sessão noturna traz-nos sempre uma visão diferente da tripulação, porque trabalhamos num sistema de turnos, com quatro membros no ‘deck’, por isso cada membro fica mais envolvido no desempenho e na gestão de utilização das velas. Também temos mais pessoas a guiar o barco a altas velocidades. No geral, foi uma bela aprendizagem para mim e para a tripulação. Estamos agora mais bem preparados para a temporada de 2021”, concluiu o ‘skipper’ do VO65 português ‘Racing for the Planet’.