A World Athletics vai introduzir o termo ‘pista curta’ para substituir as provas designadas por ‘indoor’ de modo a poder revolucionar o desporto nas pistas de 200 metros, para que não fiquem limitadas a ambientes fechados.

“Esta mudança foi projetada para remover uma barreira não intencional à inovação da competição, oferecendo aos organizadores a possibilidade de explorar soluções e oportunidades que as regras atuais podem desencorajar. Com este novo conceito, a pista curta de 200 metros não ficará confinada ao ambiente interno, pois um mundo de oportunidades vai abrir-se aos organizadores de eventos que podem realizar competições oficiais em quaisquer instalações disponíveis, internas ou externas, usando 200 ou 400 metros”, explica o presidente do organismo, Sebastian Coe.

O dirigente recorda que essa mudança, que deve ser aprovada no Conselho Mundial de Atletismo, em agosto em Budapeste, vai “permitir e incentivar ativamente a possibilidade de as pistas de 200 metros passarem para um ambiente ao ar livre e fornecerá uma opção mais acessível para as cidades, especialmente onde o espaço é escasso, ao mesmo tempo em que estimula o crescimento do desporto por meio do investimento em novas infraestruturas”.

Tradicionalmente, as pistas de 200 metros foram uma aposta maior nos países com climas frios, surgindo como locais para treinar e competir durante a temporada de inverno.

O atletismo moderno tem chegado a locais de competição híbridos como praças, centros comerciais ou estações de comboio, no modelo de pistas de 200 metros, o que torna mais complicado a destrinça entre as competições ao ar livre e as ‘indoor’.

Essa evolução levou o World Athletics a redefinir os limites do atletismo ao ar livre e em pista coberta, de modo a que estes se relacionem com as instalações da competição e não com o meio ambiente.

Estas serão publicadas na nova edição do Livro de Regras Técnicas e de Competição, a entrar em vigor a 1 de novembro de 2023.