Portugal conquistou 23 medalhas em 34 edições dos Europeus de pista coberta - média inferior a um 'metal' por cada campeonato -, destacando-se os títulos consecutivos de Nelson Évora e os registos estatísticos de Rui Silva.

A cidade de Glasgow recebe a 35ª edição dos campeonatos, nos quais Portugal já conseguiu obter 12 medalhas de ouro, oito de prata e três de bronze, ocupando a 19ª posição na tabela do medalheiro de todos os tempos.

A tabela é liderada pela URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), que entre 1970 e 1990 somou 289 medalhas. A partir de 1992, registou-se o desmembramento da URSS, a cisão da Checoslováquia e da Jugoslávia, que originaram vários países, bem como a reunificação da Alemanha.

Portugal conquistou até agora 12 medalhas de ouro, a primeira em 1994, em Paris, por Fernanda Ribeiro (3.000 metros), que repetiu a façanha em Estocolmo1996, único ano e local em que Portugal obteve duas medalhas de ouro (a segunda foi alcançada por Carla Sacramento, nos 1.500 metros). Fernanda Ribeiro tem ainda uma medalha de prata.

O único atleta com três medalhas de ouro (num total de quatro, pois tem mais uma de prata) é Rui Silva, que venceu os 1.500 metros em Valência1998, Viena2002 e Turim2009.

O português é o mais jovem campeão de sempre na distância, pois tinha 20 anos e 209 dias quando conquistou o primeiro título, e é também o mais velho de sempre a conquistar o ouro, pois, em Turim, tinha 32 anos e 104 dias.

Para a prova deste ano, o principal favorito ao triunfo, Jakob Ingebrigtsen, que ainda não tem 20 anos, pode retirar o nome de Rui Silva desta estatística.

Com duas medalhas de ouro, mas quatro no total, pois tem mais duas de prata, surge Naide Gomes, vencedora do salto em comprimento em Madrid2005 e Birmingham2007, bem como Nelson Évora, vencedor do triplo salto em Praga2015 e Belgrado2017.

Desde que os campeonatos se disputam de dois em dois anos (a partir de 1990), nenhum atleta venceu a disciplina mais do que duas vezes. Como Nelson Évora, apenas Leonid Voloshin, vencedor em 1992 e 1994.

As outras medalhas de ouro foram conquistadas por Francis Obikwelu, nos 60 metros, em Paris2011, e por Sara Moreira, nos 3.000, em Gotemburgo2013 (a atleta ainda tem uma medalha de prata).

O atleta masculino com mais medalhas (e também com maior número de presenças, com 14) é Thomas Wessinghage (então na Alemanha Ocidental), com 12 medalhas, das quais seis de ouro, cinco de prata e uma de bronze, enquanto no lado feminino lidera Helena Fibingerova, da Checoslováquia, com 11 medalhas (8-3-0), todas no lançamento do peso, sendo também é a que tem mais presenças, com 13.

Francis Obikwelu é o mais velho campeão de 60 metros, com 32 anos e 104 dias, em 2011, enquanto a velocista Lucrécia Jardim é a mais jovem de sempre a participar em Europeus, pois, na estreia, em 1998, somava apenas 17 anos e cinco dias.

O português com mais presenças é o velocista Luís Cunha, que soma sete participações em Europeus, seguido por quatro atletas com cinco presenças: Carlos Cabral, Mário Silva, Carlos Calado e Rui Silva.