As ‘Super Halfs’, um circuito de meias-maratonas em que está incluída a da cidade de Lisboa, vai ter novos destinos em 2024, confirmou ontem à Lusa o presidente do Maratona Clube de Portugal, Carlos Móia.

“Vamos ter novidades muito importantes até ao final do ano. Temos mais de 30 provas que querem entrar para as ‘Super Halfs’ e vamos ter novos palcos. É algo muito relevante o que vai acontecer para as ‘Super Halfs’, vai fazer a diferença”, disse Carlos Móia, que, mesmo sem poder revelar que novas cidades vão fazer parte do circuito, garantiu que ainda em 2023 serão conhecidos os planos para este circuito de provas europeias, que já conta com Lisboa, Valência, Copenhaga, Praga e Cardiff.

Este “crescimento”, como apelida Móia, foi um dos pontos em debate numa reunião realizada em Lisboa e que juntou todos os diretores das meias-maratonas que já integram o circuito ‘Super Halfs’.

“Já temos as cinco melhores meias-maratonas da Europa, 20% dos corredores de meias-maratonas são corredores das ‘Super Halfs’, e o nosso projeto é que sejam ainda mais atrativas, com novos percursos, mais rápidos. Os percursos são muito importantes, descobrimos que há uma preferência pelos traçados planos, e não esquecemos o lado ‘fun’”, explicou o diretor da corrida lisboeta, acrescentando que Lisboa tem crescido no mapa, “o país vive do turismo” e “a corrida e o desporto podem ser protagonistas”.

Paco Burao, diretor da meia-maratona de Valência e presidente da Associação Internacional de Maratonas e Corridas de Rua (AIMS), esteve também presente na reunião das ‘Super Halfs’ e lembra que o crescimento do ‘running’ obriga a que os organizadores de prova estejam atentos.

“O ‘running’ abriu o atletismo ao mundo popular. Trouxe a democratização do atletismo e a nossa função é ouvir este movimento e fazer projetos que vão ao encontro dos pedidos e expetativas dos atletas, procurando experimentar novos percursos, em novos países”, explicou o espanhol.

Sobre a ligação entre a corrida e o turismo, Burao acredita que as corridas e o turismo andam de mãos dadas, mas que é necessário pensar projetos ambientalmente sustentáveis e seguros para as cidades que os acolhem.

“A ligação do desporto com o turismo é muito evidente nestas provas e temos de pensar nessa nova realidade: pessoas que vêm fazer uma prova e lhe juntam uma corrida, que é a melhor forma de conhecer uma cidade. Temos de ter qualidade nas escolhas, não podemos crescer só em quantidade e depois olhar para trás e ver que cometemos erros e demos passos na direção errada”, alertou.

As ‘Super Halfs’ são um circuito internacional de meias-maratonas de que faz parte a Meia Maratona de Lisboa, e que leva os atletas a correrem também nas cidades de Praga, Copenhaga, Cardiff e Valência, tendo um prazo de três anos para concluir as cinco provas.