O calendário da Liga Diamante, o mais importante circuito do atletismo mundial, foi revolucionado devido à pandemia de COVID-19, com o cancelamento da final de Zurique e das etapas de Londres e Rabat, anunciou hoje a World Athletics.
Nenhum ‘meeting’ da Liga Diamante será disputado antes do meio de agosto e os organizadores terão liberdade para adaptar o programa em função da evolução da pandemia, com a World Athletics a assinalar que as alterações “vão permitir aos atletas preparem-se melhor física e mentalmente”.
O arranque do circuito, que deveria ter acontecido em 17 de abril, em Doha, está agora marcado para 14 de agosto, no Mónaco, seguindo-se as etapas de Gateshead e Estocolmo, em 16 e 23 do mesmo mês, respetivamente.
Várias outras reuniões foram adiadas para setembro - Lausana (02), Bruxelas (04), Paris (06), Roma/Nápoles (17) e Xangai (19) -, seguindo-se, em outubro, Eugene (04), Doha (09) e uma etapa na China (17), em local a designar.
Zurique, que deveria receber a final da Liga Diamante este ano, vai organizar o evento em 2021 e 2022, contando para isso com a compreensão dos responsáveis de Eugene, que aceitaram o adiamento por um ano da sua organização das finais, para 2023.
A cidade suíça anunciou hoje o cancelamento da edição de 2020, prevista para se disputar entre 09 e 11 de setembro, tal como aconteceu com a etapa de Londres, agendada para 04 e 05 de julho, e de Rabat, que se deveria realizar em 31 de maio.
As alterações introduzidas na prova de Oslo, agendada para em 11 de junho, aproximam-na de um evento de exibição e parecem ‘excluem-na’ do calendário da Liga Diamante, que está a ser fortemente condicionada pela pandemia.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 286 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
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