A maratona de Berlim, prevista para 27 de setembro, poderá vir a ser cancelada, depois de o governo regional proibir até ao fim de outubro eventos que juntem mais de 5.000 pessoas, devido aos riscos inerentes à COVID-19.

“Quisemos dar segurança aos organizadores quanto ao que podem ou não promover. A medida afeta várias feiras e também a maratona de Berlim”, assumiu a responsável do pelouro da economia da cidade-estado de Berlim, Ramona Pop.

Apesar desta declaração da responsável política, a organização da maratona de Berlim ainda não se manifestou quanto a um possível cancelamento ou até adiamento da competição, sendo que, neste caso, seria sob temperaturas baixas, já que em novembro as médias variam entre os quatro e os 10 graus positivos.

A prova reúne anualmente mais de 40.000 corredores – foram 47.000 em 2019 – e costuma ter uma assistência a rondar um milhão de pessoas, situação que viola todas as regras de confinamento e distanciamento social que a pandemia tem exigido.

Segundo os dados mais recentes, a Alemanha registou até agora cerca de 140.000 casos de infeção, de que resultaram pouco mais de 4.500 óbitos, tendo o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, afirmado hoje que a pandemia está “sob controle e gerível”.

A maratona de Berlim é uma das mais rápidas do mundo e foi nela que foi fixada a melhor marca da história, em 2:01.39 horas, através do queniano Eliud Kipchoge, em 2018.

“Quem acredita que em setembro o mundo voltará a ser como antes, está totalmente enganado”, acrescentou o responsável pela cultura, Klaus Lederer.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 170 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 558 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 762 pessoas das 21.379 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.