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O atleta queniano ambiciona conquistar os 50 mil euros do prémio para o recorde da prova lisboeta.
O estreante queniano Bedan Karoki é a figura de “proa” na 24.ª edição da meia maratona de Lisboa, na qual tentará no domingo baixar o recorde mundial de 58.23 minutos e arrecadar os 50.000 euros de prémio.
Hoje, na última apresentação antes da prova, o presidente da organização e do Maratona Clube de Portugal, Carlos Móia, fez questão de chamar ao palanque o atleta queniano, que na prova de domingo contará com uma lebre, o seu compatriota Alex Korio.
Bedan Karoki, que se estreia numa meia maratona, foi quinto classificado nos 10.000 metros nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, com um recorde pessoal de 27.05,50 minutos na distância. A lebre Korio (1:01.34 horas) foi segundo em setembro na Maratona de Luanda.
“É a aposta com a sua lebre para fazer algo diferente. Gostávamos que recebesse os 50.000 euros, mas será difícil num dia em que se preveem 22 graus e estará vento”, disse Carlos Móia, ladeado por Bedan Karoki.
O recorde do mundo da meia maratona foi alcançado em 2010 em Lisboa, então pelo eritreu Zersenay Tadese, com a marca de 58.23 minutos.
Inicialmente a meia maratona lisboeta chegou a avançar a participação do queniano Stephen Kibet, para bater o recorde, com uma marca muito próxima, mas o atleta vai falhar a prova, devido a lesão.
Outros atletas relevantes em Lisboa serão os etíopes Imane Merga (59.56 minutos) e Silas Kipruto (59.39), ou os quenianos Ezekiel Chebii (59.05), Kenneth Kipkemoi (59.11) e Victor Kipchirchir (59.31), todos com marcas abaixo da uma hora.
A lista traz também o zimbabueano Cutbert Nyasango (60.26), segundo na “meia” de Valência e sétimo na maratona de Londres2012, o queniano Moses Kigen (60.38), terceiro em Nova Iorque em 2010, ou o australiano Michael Shelley (61.27).
Na conferência de imprensa de apresentação da prova que atravessa a Ponte 25 de Abril, entre Almada e Lisboa, Carlos Móia alertou ainda para a falsificação de dorsais, o que coloca problemas no âmbito da logística.
O dirigente disse também que continua a surpreender-se com a quantidade de inscritos e quando as inscrições até fecham mais cedo, referindo que se esperam na totalidade das provas mais de 40.000 atletas.
“Quando isto começou há 24 anos era impensável. Nunca pensei chegar aqui com esta vitalidade e o crescimento que temos tido”, revelou Móia, que aproveitou para estender a parceria que tem desde o início com a RTP, na transmissão do evento.
Entre os portugueses, os grandes nomes estão na corrida feminina, com Dulce Félix e Sara Moreira, além da triatleta Vanessa Fernandes, embora no setor masculino Hermano Ferreira, Luís Feiteira e Ricardo Ribas sejam nomes a ter em conta.
Nas mulheres a melhor marca mundial pertence à queniana Florence Kiplagat, com 1:05.12 horas.
Na competição haverá uma vez mais a meia maratona de Lisboa em cadeira de rodas, com a presença do britânico David Weir, medalha de ouro na maratona dos Jogos Paralímpicos de Londres2012 e detentor de outras nove medalhas em Jogos Paralímpicos, e o suíço Marcel Hug, prata na mesma prova e atual campeão do Mundo de maratona, 10.000, 5.000, 1.500 e 400 metros, são os principais favoritos.
Entre os 32 atletas de elite em cadeira de rodas, de 13 nacionalidades, encontram-se os portugueses Alexandrino Silva, melhor luso na edição de 2013 da “meia” de Lisboa, e o recordista nacional, Alberto Batista.
A prova em cadeira de rodas vai ser disputada em simultâneo com a meia maratona para atletas de elite, partindo ambas de Algés, e com a prova de 21.097,5 quilómetros popular e com a mini maratona, estas com partida da praça da portagem da Ponte 25 de Abril, em Almada.
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