Nove federações desportivas demonstraram hoje apreensão pelo corte de 50% das verbas a elas destinadas por parte do Comité Olímpico de Portugal (COP) e pela indefinição no enquadramento de preparação para os Jogos Olímpicos Tóquio2020.

“O COP comunicou às federações integradas no programa de preparação olímpica que as verbas relativas à preparação entregues às federações iriam ter um corte de 50% até ao final do ano, sem que seja possível afirmar quando e em que extensão tais verbas serão repostas”, começa por dizer a nota subscrita por nove federações.

Para estas entidades, a situação é “particularmente grave porquanto decorre ainda o chamado ‘ano de transição’ Rio2016 e não há sinais de conclusão do Projeto Tóquio2020, apesar do trabalho entre as federações e o COP ter terminado antes do final do primeiro semestre do ano”.

“Agora, a cerca de metade do ciclo olímpico e a poucos meses do início dos momentos determinantes na qualificação para Tóquio, existe mais uma vez indefinição sobre o enquadramento da preparação. As federações signatárias estão muito preocupadas com a situação atual e da mesma já deram conta ao secretário de Estado da Juventude e do Desporto e ao Presidente do COP”, indica o comunicado.

O autointitulado ‘Movimento das federações desportivas’ esclarece que tal preocupação deriva do facto de o ciclo olímpico Tóquio2020 se encontrar quase a meio e ainda não ser conhecido “o envelope financeiro para a preparação olímpica de 2020”.

A nota é subscrita pela Federação Académica do Desporto Universitário, pela Federação de Ginástica de Portugal, pela Federação Portuguesa de Atletismo, pela Federação Portuguesa de Canoagem, pela Federação Portuguesa de Ciclismo, pela Federação Portuguesa de Judo, pela Federação Portuguesa de Natação, pela Federação Portuguesa de Ténis de Mesa e pela Federação de Triatlo de Portugal.