A atleta Inês Henriques anunciou hoje que vai procurar bater o recorde nacional dos 35 km marcha no campeonato nacional de marcha de estrada, em 07 de janeiro de 2018, a pensar em melhorar nos 50 km marcha.
Com um calendário para 2018 recheado de desafios, Inês Henriques vai preservar-se e fica de fora da competição nos 50 km nos nacionais, que se voltam a realizar na vila de Porto de Mós, no distrito de Leiria, mas promete estar na prova dos 35 km como se corresse os 50 km.
"Vou fazer os 35 km, cujo recorde consegui no ano passado aqui, porque este ano vai ser duro. Vamos ter o campeonato do mundo de nações, no dia 05 de maio, onde vou competir nos 50 quilómetros, e três meses depois vou ter o campeonato da Europa", disse a atleta, na cerimónia de apresentação dos campeonatos nacionais.
Em todo o caso, Inês Henriques vai marchar para bater o recorde nacional que estabeleceu no início deste ano, também em Porto de Mós, com 02:50.79 horas nos 35 km marcha.
"O ritmo que quero impor desde o início é 04,48 [km/h], que é o ritmo para fazer quatro horas nos 50 quilómetros. Aqui aponto para as 02:48 horas", ou seja, retirar dois minutos ao recorde que lhe pertence.
Inês Henriques preparar-se-á em Porto de Mós para esse outro objetivo, que é voltar a quebrar o recorde dos 50 km marcha. "Quero demonstrar que ainda podemos fazer mais e melhor".
Hoje, na apresentação dos campeonatos, a atleta recordou a disputa que travou para conseguir que a federação internacional admitisse a realização dos 50 km marcha no mundial.
"A Federação internacional não queria que as mulheres fizessem 50 quilómetros no campeonato do mundo. Conseguimos reverter essa situação e sete guerreiras participaram no campeonato do mundo. Essa para mim foi a principal vitória".
Foi em Porto de Mós que bateu pela primeira vez, em 15 de janeiro de 2017, a melhor marca mundial daquela distância, com 4:08.26 horas, estabelecendo então o recorde do Mundo na primeira vez que a prova foi disputada nuns Mundiais, em 13 de agosto, com 4:05.56.
"Iniciei aqui algo fantástico na minha carreira. Demonstrei aqui ao mundo que nós, mulheres, podemos fazer 50 quilómetros e com grande qualidade".
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