A participação portuguesa de hoje nos Campeonatos do Mundo de atletismo de Londres é especialmente reduzida, limitando-se a Loréne Bazolo, que vai alinhar numa das séries de 200 metros.

A portuguesa de origem congolesa, já com 34 anos de idade, dificilmente chegará às meias-finais, ambicionando sim baixar da casa dos 23,00 segundos.

Com 23,08 esta época, tem a sexta marca da sua série, em que passam diretamente à ronda seguinte as três primeiras. Mesmo a repescagem por tempos parece muito distante, pois é a 36.ª melhor entre as inscritas.

A final mais aguardada do dia é a dos 400 metros masculinos, com a nova 'coqueluche' da velocidade, Wayde van Niekert, em pista.

O sul-africano, campeão e recordista mundial no Rio2016, é muito naturalmente o favorito. Isaac Makwala, do Botswana, impressionou nas séries, onde foi o mais rápido, e nas meias finais que deu nas vistas foram os atletas das Caraíbas, com o recorde nacional das Bahamas de Steven Gardiner e a boa marca também de Nathen Allen, da Jamaica.

Órfã do campeoníssimo David Rudisha, a final dos 800 metros também não tem outro queniano, Emmanuel Kipkorir, o mais rápido do ano. Sobra, para defender a 'honra' do país, Kypegon Bett, campeão mundial de sub-20 no ano passado.

Nijel Amos, do Botswana, segundo mais rápido do ano, e Adam Ksszczot, da Polónia, o vice-campeão mundial, também são favoritos.

O paradigma do domínio queniano no atletismo, os 3.000 metros obstáculos, dificilmente verá repetir-se a tripla no pódio de 2015. O melhor dos quenianos continua a ser o campeão, Ezekiel Kemboi, e também lá está o seu 'vice', Conseslus Kipruto, enquanto os Estados Unidos contam com Evan Jager, o mais rápido do ano, e Marrocos com Soufiane Elbakkali.

No programa há ainda dois concursos, o do dardo feminino e salto com vara masculino.

Na vara, a supremacia do recordista mundial, o francês Renaud Lavillenie, tem sido mais contestada que nunca.

Sam Kendricks (Estados Unidos), Armand Duplantis (Suécia) e Pawel Wojciechowsky (Polónia) saltaram mais que Lavillenie e estão na final, tal como o canadiano Shawnecy Barber e o alemão Raphael Holdzeppe, campeão e vice-campeão do mundo, respetivamente. o grande ausente é o brasileiro Thiago Braz da Silva, campeão olímpico.

No dardo, a recordista mundial, a checa Barbara Spotaková volta a estar na luta e quer reconquistar o cetro mundial à alemã Katherina Molitor. A líder do ano é a croata Sara Kolak, também presente na final, tal como a chinesa Huinu Lyu, a melhor na qualificação, com recorde asiático.