Mamona e Belo destacaram-se nas competições mais renhidas da segunda jornada dos Nacionais, na Expocentro, com a saltadora do Sporting a conseguir 14,31 metros e a sagrar-se campeã pela sétima vez na especialidade, igualando o número de Susana Costa (Academia Fernanda Ribeiro), que defendia o título e se quedou pelo segundo lugar, com 14,09.

“Tenho tido uma época em pista coberta muito regular, estou à procura do próximo salto, do recorde pessoal, melhor do que 14,44, foi o recorde dos campeonatos, só confirmou a minha consistência. Mas estou à procura de mais, porque, obviamente, nos Jogos Olímpicos tenho de saltar muito mais. A consistência é um indicador que estou bem e, em qualquer altura, pode sair o grande salto e espero que seja na altura certa, para trazer medalhas e títulos para Portugal”, afirmou Mamona, em declarações à agência Lusa.

Evelise Veiga (Sporting), que, tal como Mamona, já tem mínimos para Tóquio2020, terminou na terceira posição, com 13,68.

O lançamento do peso voltou a ser uma das provas mais competitivas, tendo Francisco Belo revalidado o título, com um lançamento de 20,47, superando o companheiro de equipa Tsanko Arnaudov em 22 centímetros. Ambos já tinham marca de qualificação para os Europeus de 2020, fixada em 20 metros.

“O meu objetivo era conseguir a melhor marca do ano [20,94] e, depois, o meu recorde pessoal [20,97]”, reconheceu Belo, admitindo que, mesmo sem alcançar estes registos, acabou por dar o seu melhor.

Já no sábado, tinham conseguido lançamentos para esta competição continental Eliana Bandeira (Benfica), Francislaine Serra (Sporting), Jessica Inchude (Sporting) e Auriol Dongmo (Sporting), a única a fazer cair um recorde nacional nos Nacionais, no lançamento do peso, com 18,37.

Igualmente renhida foi a disputa do heptatlo, em que Manuel Dias (Benfica) revalidou o título, por dois pontos, ao bater o companheiro de equipa Edgar Campre nos 1.000 metros.

Mariana Machado (Sporting de Braga) juntou hoje o cetro dos 800 metros ao dos 1.500, sendo um dos sete novos campeões, juntamente com os benfiquistas Gerson Baldé, no salto em altura, José Carlos Pinto, nos 800, e João Vítor Oliveira, nos 60 barreiras – com recorde dos campeonatos – e com Joana Soares (Jardim da Serra) e Paulo Rosário (Sporting), ambos nos 3.000, e Jennifer Gomes (GRECAS), no pentatlo.

Destaque ainda para as vitórias nas estafetas 4x400 metros de ADRAP, no setor feminino, e do Centro de Atletismo de Seia, no masculino, ao superar na reta final o Benfica (3.23,79 minutos), para subir ao mais alto lugar do pódio, tal como em 2007.

Marcos Chuva (Benfica) somou o seu sexto título no salto em comprimento, o segundo seguido, com 7,73 metros, num concurso em que Nelson Évora (Sporting), quatro vezes campeão, foi terceiro (7,43), enquanto Olímpia Barbosa recuperou o cetro vencido em 2015 nos 60 metros barreiras.