A chuva não deu descanso, hoje em Londres, e 'arruinou' a qualidade das marcas da jornada dos Campeonatos do Mundo de atletismo, marcada pelos vencedores surpresa nos 400 metros femininos e 400 metros barreiras masculinos.

Isaac Makwala, do Botswana, também esteve em destaque, ao provar que de facto não estava doente: terminada a sua quarentena de 48 horas imposta pelos serviços de Saúde Pública, a IAAF autorizou-o excecionalmente a correr sozinho nas séries de 200 metros, e passou com distinção fazendo flexões na pista após concluir o 'crono'.

Único português na jornada, David Lima superou-se nos 200 metros e foi o 13.º nas meias-finais dos 200 metros, com uma marca que só não fica para a história como a segunda melhor da sua carreira porque o vento estava um tudo nada irregular - 2,1 m/s.

Na grande final do dia, os 400 metros planos, o ouro não foi nem para a bahamaiana Shauna Miller-Uibo, campeã olímpica, nem para a norte-americana Allyson Felix, campeã do mundo, mas sim para Phyllis Francis.

Miller parecia ter a corrida totalmente controlada, só que colapsou nos últimos 20 metros e caiu para o quarto lugar. Um pouco melhor esteve Felix, que 'estoirou aos 330 metros' mas chegou ao bronze, conseguindo assim histórica 14.ª medalha, igualando na lista de sempre os jamaicanos Usain Bolt e Merlene Ottey.

Atrás da campeã Philips (49,92, recorde pessoal), cortou a meta a muito jovem Salwa eid Nasser, do Bahrein (campeã do mundo juvenil de 2015), com recorde nacional a 50,06.

Totalmente fora das previsões também foi a vitória do norueguês Karsten Warholm (48,25), que ainda há um ano se ficou pelas meias-finais nos Jogos Olímpicos.

Depois do insólito de uma vitória queniana, há dois anos, agora o sucesso de uma nação nada habitual no top das barreiras, à frente de um turco ex-cubano, Yasmani Copello, e do norte-americano Kerron Clement, campeão olímpico.

A terceira final do dia sagrou, finalmente, a chinesa Lijao Gong, que parecia a 'eterna segunda' do lançamento do peso, com seis pratas desde 2008, em Mundiais e Jogos Olímpicos.

Agora, por fim o ouro, com um 'tiro' de 19,94 metros, quase mais meio metro do que a húngara Anita Marton. Michelle Carter, dos Estados Unidos, ficou com o bronze.

Nas meias-finais dos 200 metros, Isaac Makwala reapareceu 'como novo'. Acabada a quarentena, aproveitou bem a oportunidade dada pela IAAF, apurou-se como 'extra' para as meias-finais e fez mesmo uma das melhores marcas.

Uma exibição que deverá colocar 'em sentido' o grande favorito, o sul-africano Wayde van Niekert, que só avança para a final por repescagem por tempos.

Nas séries de 5.000 metros, o britânico Mo Farah teve uma qualificação totalmente fácil e continua na senda de uma despedida em grande da alta competição, ele que já é em Londres o campeão de 10.000 metros.

Na qualificação do salto em comprimento feminino, a chuva foi, mais que tudo, o destaque. Com as péssimas condições da prova, ninguém se apurou diretamente - todas as 12 foram repescadas, com a melhor marca a ficar para a russa (aqui 'atleta neutral') Darya Klisshina.

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