Isaac Nader não desiludiu as expectativas e foi terceiro na final dos 1.500 metros do Europeu de atletismo de sub-23, no sábado, dando assim a primeira medalha a Portugal na competição que decorre em Talin.
O jovem meio-fundista português, de 21 anos, esteve sempre na luta pelo pódio, para terminar em 3.40,58 minutos, a apenas 55 centésimos do vencedor, o belga Ruben Verheyden, e a 47 do medalhado de prata, o espanhol Mário Garcia.
Nuno Pereira, o outro português na final, era terceiro a uma volta do fim, mas cedeu bastante nos últimos 400 metros, concluindo em 10.º, com 3.42,11.
No final da sua prova, Isaac Nader, estava feliz: “Respeitando o valor dos meus adversários, o meu sonho era mesmo vencer e ouvir o hino nacional. Infelizmente, não consegui ganhar. Saio daqui com o terceiro lugar, que é bastante satisfatório visto que ainda não tinha nenhuma medalha internacional”, disse o pupilo de Rui Silva, campeão da mesma distância, há 22 anos.
Dedicando a medalha ao treinador, Rui Silva, à família e a quem com ele trabalha mais diretamente, Isaac Nader destacou à memória do avô: “Ele gostaria de me ter visto obter a minha primeira medalha internacional”, disse.
"Acredito muito no meu treinador, espero que esta seja apenas a primeira de muitas medalhas. Acredito que tenho um futuro brilhante pela frente, para isso trabalho afincadamente e, quem sabe, no próximo ano já possa estar em finais dos Mundiais ao ar livre ou na pista coberta. Espero estar a lutar pelos recordes de Portugal dos 800 e 1.500 metros", disse ainda o atleta, que este ano falhou a ida aos Jogos Olímpicos Tóquio2020 por menos de um segundo.
A jornada rendeu para Portugal mais dois bons resultados, através de Emanuel Sousa, no lançamento do disco, e Carlos Pitra, no salto com vara.
Sousa foi quinto no disco, com 57,72, metros, a 35 centímetros do pódio, enquanto Pitra foi nono no salto com vara, com um novo recorde pessoal de 5,30, mais cinco centímetros que a sua marca anterior.
Em outra final, os 3.000 metros obstáculos femininos, Laura Taborda, que na meia-final conseguira um recorde pessoal, terminou em 11.º lugar, com a marca de 10.23,39 minutos.
Menos bem estiveram os três fundistas que correram os 5.000 metros na série B, a mais fraca – ao contrário do habitual, a organização optou por séries e não pela disputa de meias-finais.
Rogério Amaral foi sétimo na série, mas 19.º na geral (o cruzamento das duas corridas), com 14.23,29 minutos. Rúben Amaral foi 10.º na série e 22.º na geral, com 14.27,96, e Alexandre Figueiredo foi 12.º e 25.º, respetivamente, com 14.45,09.
Nas meias-finais de 200 metros, os portugueses também estiveram ambos menos bem: André Prazeres foi o oitavo e último na sua série, com 21,83 segundos, e Delvis Santos fez falsa partida na outra e foi desclassificado. Na final, o luso-suíço William Reais ganhou com 20,47, o melhor tempo europeu sub-23 desta época.
Ao fim do primeiro dia do decatlo, Edgar Campre segue em 13.º lugar, com 3.900 pontos, e Manuel Dias é 14.º, com 3.829.
A última jornada decorre este domingo, apenas com finais e com oito portugueses presentes, entre os quais os Campre e Dias.
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